PM confirma 18 mortes em operação no Complexo do Alemão
Ação tinha como objetivo prender integrantes de uma organização criminosa responsável por roubos de veículos, cargas, combustível e bancos
A Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou 18 mortes durante a operação, realizada nesta quinta-feira, 18, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo a corporação, deste total, 16 são suspeitos de crimes. As outras vítimas são um policial militar e uma moradora.
A ação tinha como objetivo prender integrantes de uma organização criminosa responsável por roubos de veículos, cargas e combustíveis na Capital e na Baixada. De acordo com a PM, o grupo também roubava agências bancárias no interior do estado.
Durante todo o dia, foram registrados intensos tiroteios no Complexo. Os moradores usaram as redes sociais para compartilhar as cenas de violência e terror, que foram associadas a uma guerra. Vídeos exibem rajadas de tiros contra um helicóptero da polícia que sobrevoava a região. Também há imagens de blindados andando pelas ruas da comunidade.
A operação, que deixou 18 mortos, resultou na apreensão de um fuzil metralhador .50, que foi utilizado para tentar derrubar as aeronaves durante a operação, além de outros quatro fuzis, duas pistolas e 56 artefatos explosivos, que, segundo as autoridades, seriam utilizados contra as equipes. Também foram apreendidas 43 motocicletas que seriam utilizadas para desmobilizar os policiais e facilitar a fuga de criminosos.
Cinco suspeitos foram presos, dentre eles, um homem apelidado de Esquilo, do Pará, conhecido por realizar ataques armados contra policiais. Ele foi detido ao dar entrada no Hospital Getúlio Vargas com documentos falsos.
Ainda conforme a PM, nas comunidades Fazendinha e Nova Brasília, as bases das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) locais foram atacadas por criminosos, que também derramaram óleo em via pública e atearam fogo em objetos.
Era da UPP Nova Brasília, inclusive, o policial morto na operação. O cabo Bruno de Paula Costa estava trabalhando quando foi ferido. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos.
A ação foi realizada em conjunto com as secretarias de Estado de Polícia Militar e de Polícia Civil, e contou com a participação de equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do 3º BPM (Méier), do 41º BPM (Irajá) e de outros batalhões do 2º Comando de Policiamento de Área (Zonas Norte e Oeste da cidade do Rio de Janeiro).