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Pobreza atinge mais da metade dos argentinos, diz pesquisa

O relatório tomou como referência a Cesta Básica Total (CBT), o indicador que delimita a linha de pobreza, com um valor médio na região da Grande Buenos Aires (GBA) de $ 247.189 por adulto (cerca de R$ 1,5 mil)

19 jul 2024 - 21h13
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A pobreza atingiu 50,5% da população da Argentina durante o primeiro semestre de 2024, afetando 23 milhões de pessoas em todo o país, de acordo com o nowcast elaborado pela Universidade Torcuato Di Tella (UTDT) com base nas cestas básicas divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC).

Estudo foi conduzido pela Universidade Torcuato Di Tella
Estudo foi conduzido pela Universidade Torcuato Di Tella
Foto: Noticias Argentinas / Perfil Brasil

Sob a coordenação do professor universitário Martín Rozada, o relatório tomou como referência a Cesta Básica Total (CBT), o indicador que delimita a linha de pobreza, com um valor médio na região da Grande Buenos Aires (GBA) de $ 247.189 por adulto (cerca de R$ 1,5 mil). Isso representa um aumento anual de 286,6%.

"Para a média da renda total familiar (ITF) foi projetado para o semestre um aumento anual de 214,8%. Com esses dados e a simulação dos microdados da Pesquisa Permanente de Domicílios (EPH) do primeiro e segundo trimestres de 2024, foi projetada a taxa de pobreza. O nowcast estima uma taxa de pobreza de 50,5% para o semestre (janeiro-junho) com um intervalo de confiança de 95% entre 49% e 52,1%", diz o relatório.

A respeito do comportamento das variáveis ao longo dos primeiros seis meses do ano, a incidência projetada é decomposta em uma média ponderada da taxa de pobreza de 52,6% durante o período de janeiro a março e 48,5% de abril a junho.

"Essa projeção sugere que cerca de 50% das pessoas vivem em domicílios urbanos pobres. A EPH é uma pesquisa representativa de uma população urbana que, no semestre de referência, foi estimada em 29,3 milhões de pessoas, o que implica que cerca de 14,8 milhões vivem em domicílios urbanos pobres", define a análise.

Segundo dados do último censo do INDEC, o país conta com 45.892.285 cidadãos. Se o percentual semestral do nowcast (50,5%) for extrapolado para a população total, obtém-se que na Argentina há mais de 23 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.

Quanto ao funcionamento da medição da UTDT, a incidência da pobreza é estimada semestralmente em termos do percentual de pessoas que vivem em domicílios urbanos pobres. "Atualiza-se todos os meses e a estimativa é baseada na projeção da estrutura do mercado de trabalho e dos decis do ITF da EPH do INDEC correspondente ao semestre de referência", descreve Rozada.

Em seguida, as rendas totais familiares são comparadas com as variáveis da CBT média do semestre a ser medida. As estimativas da CBT são elaboradas com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da região da Grande Buenos Aires ou na própria cesta dessa região para imputação com o restante das regiões.

*Leia a matéria completa (em espanhol) em Perfil.com

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