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Pobreza e saúde mental prejudicada: estudo mostra conexão preocupante

12 nov 2024 - 14h27
(atualizado às 17h32)
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A interrelação entre pobreza e saúde mental tem sido objeto de vários estudos, destacando uma realidade alarmante: pessoas em situação de pobreza enfrentam um risco significativamente maior de desenvolver transtornos mentais, como ansiedade e depressão. O relatório "Economia do Burnout: Pobreza e Saúde Mental" da Organização das Nações Unidas (ONU) sublinham que cerca de 11% da população mundial sofre de problemas de saúde mental, com uma prevalência mais alta entre os economicamente desfavorecidos.

Estudo revel conexão entre pobreza e saúde mental prejudicada
Estudo revel conexão entre pobreza e saúde mental prejudicada
Foto: depositphotos.com / kwest / Perfil Brasil

As causas desse fenômeno são complexas e multifacetadas. As pesquisas indicam que uma sociedade desigual intensifica o medo das classes médias de descer na escala socioeconômica, aumentando o estresse e problemas associados. Este artigo se propõe a examinar as dinâmicas que vinculam a pobreza à saúde mental e explorar possíveis soluções.

Como a economia influencia a saúde mental?

A busca incessante por crescimento econômico e riqueza muitas vezes resulta em condições de trabalho precárias e jornadas cansativas, intensificando o burnout e afetando a saúde mental. As mudanças nas práticas de trabalho, como o trabalho sob demanda associado a plataformas digitais, podem levar a uma disponibilidade contínua dos trabalhadores, dificultando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Essa volatilidade nos horários de trabalho é um fator significativo no aumento de transtornos mentais.

Esse fenômeno não se limita apenas ao contexto econômico imediato. A desigualdade econômica exacerba o medo da pobreza, não apenas entre os mais pobres, mas também entre as classes médias. O resultado é um aumento significativo de estresse, ansiedade e depressão, estado agravado ainda mais por condições de trabalho incertas e instáveis.

Impactos do clima

ansiedade climática emerge como outro elemento contribuinte. Eventos climáticos extremos, como inundações e secas, afetam diretamente a segurança financeira das populações vulneráveis. A destruição de fontes de renda devido a desastres naturais intensifica a insegurança econômica e agrava problemas de saúde mental. Essa combinação de fatores econômicos e ambientais cria um ciclo vicioso, impactando desfavoravelmente o bem-estar psicológico das pessoas.

Quais medidas podem melhorar esse cenário?

Os governos têm um papel crucial: implementar políticas visadas a reduzir desigualdades e inseguranças. Uma abordagem promissora é a implementação de uma renda básica universal, assegurando um valor mínimo a que todos teriam direito, minimizando assim a ameaça da pobreza. Além disso, a promoção de economias sociais e solidárias pode oferecer suporte adicional.

  • Implementação de políticas de renda básica universal.
  • Promoção da economia social e solidária.
  • Reformulação das práticas de trabalho para garantir estabilidade.
Perfil Brasil
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