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Hardwell fala sobre retorno ao Brasil para sua turnê "Rebels Never Die"

13 set 2022 - 17h26
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Um dos nomes que marcaram a história da música eletrônica, o holandês Hardwell tem 20 anos de carreira e está consagrado como um dos DJs e produtores de elite mundial. Em 2018, ele anunciou uma pausa na carreira e agora, quatro anos depois, retorna ao circuito de festas e festivais com sua nova turnê Rebels Never Die, com data única no Brasil

Prestes a desembarcar no país, Hardwell promete uma nova sonoridade e efeitos visuais únicos com suas novas produções. Em sua última passagem pelo Brasil, há quatro anos, o superstar marcou o público do Lollapalooza tocando sua versão do hit do funk Baile de Favela.

Foto: Divulgação / The Music Journal

Com diversas passagens pelo país, o eterno #1 é fã da cultura brasileira, fazendo sempre questão de celebrá-la em seus shows em solo verde e amarelo. Ainda, sua gravadora, REVEALED Recordings, já recebeu artistas nacionais em ascensão como Deadline e Vinne.

O Laroc Club, nono melhor club do mundo, de acordo com a votação popular da aclamada revista britânica DJ Mag, recebe o holandês no dia 1º de outubro para comemorar o aniversário de 7 anos da casa de Valinhos, interior de São Paulo, em data exclusiva no Brasil.

Confira o papo exclusivo que tivemos com Hardwell:

     1. Olá Hardwell, tudo bem? Obrigado por falar conosco! Você está de volta ao Brasil após quase cinco anos, quando se apresentou no palco do Laroc Club (SP), atual 9° melhor club do mundo, segundo o conceituado ranking da revista britânica DJ MAG. No dia 1° de outubro, o seu retorno acontece no mesmo local, e queremos saber como está a sua expectativa para voltar ao nosso país e reencontrar o público brasileiro?

Olá, obrigado! Sim, estou indo muito bem neste momento. Sinto-me mais feliz do que nunca e simplesmente super entusiasmado com minha música e estar de volta à estrada com meu novo show "Rebels Never Die". O Laroc Club é um local incrível e estar de volta com esta nova produção é muito emocionante. Já faz muito tempo que toquei por lá e com o que aconteceu para todos nos últimos anos, vai ser uma noite muito especial.

  1. Você esteve quatro anos fora dos palcos para estar de volta ao Ultra Miami apresentando um novo som. A primeira vez que ouvimos falar de "Future Techno" foi no Bayfront Park (Miami) e, desde então, isto tem crescido muito. Você sente que aqueles quatro anos reclusos no estúdio o ajudaram a formular isso? Ou ver quais sons eram mais pedidos pelos fãs também contribuiu para esta mentalidade?

Eu não estava buscando por novos sons que seriam mais procurados pelos fãs, não era aí que minha mentalidade estava. Tirei um tempo das turnês para crescer como pessoa  e para me libertar no estúdio para ser mais criativo. Durante este processo, decidi voltar à minha coleção de música, reconectando-me com meus discos antigos e descobrindo quais faixas me levaram à Dance Music em primeiro lugar. Na minha cabeça, quando eu estivesse pronto para voltar, eu queria fazer uma declaração. Eu não queria apenas tocar 50% de música antiga e 50% de música nova, tudo isso precisava ser fresco. Portanto, o som que você está ouvindo agora é um híbrido de tudo, do Techno ao Trance, e com bastante espaço para o progressivo, é todo o meu gosto musical misturado em um só. Portanto, estou bem com o que quer que os fãs queiram chamá-lo porque é uma mistura de muitos estilos diferentes.

  1. Desde seu retorno, você tem tocado nos maiores festivais do mundo apresentando sua nova sonoridade. Queremos entender também como você passou a dividir seu tempo em todas funções que exerce sem que isso se torne algo pesado em sua rotina… 

Bem, para isso eu diminui o maior aspecto da turnê, reduzindo o número de vôos. Acho que para esta turnê estou fazendo uns 30 shows com muito menos vôos envolvidos. Estou feliz em encontrar este novo equilíbrio entre estar em casa na Holanda no meu trabalho de estúdio ou estar de volta à estrada.

  1. Ficamos interessados no conceito da sua nova turnê, "Rebels Never Die". O que te inspirou para formatar esse show? Qual foi sua atitude mais rebelde durante a carreira como DJ e produtor? 

Durante anos as pessoas sempre me disseram que sou um rebelde quando estou no palco e também nas decisões, na maneira como faço música, então esta é a ideia por trás do álbum e do título da turnê. Eu poderia tê-lo chamado de "lendas vivem para sempre", mas ele só me pareceu um pouco cafona, então, em vez disso, decidi virá-lo para o outro lado e chamá-lo de "Rebels Never Die".  Quando comecei minha gravadora Revealed todos me diziam "você é muito jovem, você precisa de uma grande gravadora atrás de você, você está correndo um risco muito grande de sair por conta própria". Mas eu sabia, ganhar ou perder, aquele era o caminho certo para a minha música. Preciso estar no controle de meu próprio destino.

  1. Falando sobre o som, suas faixas mostram a estrutura similar à que estávamos acostumados a ouvir de Hardwell antes de 2018, mas com novos elementos e drops, trazendo esta nova era do artista junto com esta nova cena em que estamos vivendo. Como você fez isso acontecer? Você acha que isto é algo muito importante para seu sucesso?

Bem, a estrutura pode estar lá em algumas partes, porque é quem eu sou como artista e faz parte da minha fundação, mas decidi abordar este retorno com toda uma nova gama de sintetizadores e sons. Precisava ser fresco de baixo para cima.

  1. Sua última apresentação no país foi em 2018, no Lollapalooza, mas sua versão de "Baile de Favela", hit do funk brasileiro, nunca foi esquecida pelo público da cena eletrônica. Você chegou a estudar sobre o funk brasileiro? Há algum artista ou ritmo brasileiro que te inspira ou já serviu de inspiração para produzir?

Tendo tocado muitas vezes no Brasil, tive a sorte de estar exposto a muitos sons brasileiros e realmente amo os grandes gêneros de clubes que existem aqui. Eu queria fazer algo divertido para meu show e fazer um remix de "Baile de Favela" era uma das ideias que eu tinha. O pedigree dos talentos que tem saído do Brasil nestes últimos anos é incrível. Ver atos globais como Alok e Vintage Culture têm uma enorme presença internacional, ao lado de outros nomes como KVSH, Cat Dealers e muitos outros mais, demonstra como é excitante a cena brasileira neste momento.

  1. Aliás, tivemos alguns artistas brasileiros lançando na sua gravadora, a Revealed Recordings, como DEADLINE e VINNE. O que te chamou a atenção nesses dois prodígios brasileiros e como acontece a curadoria de lançamentos na Revealed?

Como gravadora, temos estado de olho no mercado brasileiro há muitos anos. Desde a turnê por aí, até os artistas e a base de fãs que apoiam a gravadora, ela tem sido uma grande parte de nossa visão por muito tempo. Só assinamos os artistas certos que se encaixam no que o selo representa e que possuem aquele alto nível de qualidade e habilidade que queremos no selo. DEADLINE e VINNE são dois exemplos de artistas que chamaram nossa atenção. Cada um deles tem uma qualidade de produção única em seu som, e nós temos muita fé em seu potencial futuro, por isso quisemos apoiá-los através do selo.

  1. Para finalizar: quais são as coisas que você mais gosta do/no Brasil?

É um belo país com praias e florestas tropicais deslumbrantes. Eu também adoro a diversidade das cidades em todo o país. Ao longo dos anos eu apreciei alguns dos meus melhores shows no Brasil, porque a multidão no país é tão apaixonada pela música e realmente expressa esta paixão na pista de dança. É claro que nenhuma viagem ao Brasil é completa sem saborear a incrível comida e eu comi alguns dos meus churrascos preferidos enquanto estava em turnê no Brasil.

The Music Journal The Music Journal Brazil
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