Polícia Civil encerra investigação sobre assassinato de empresário no Aeroporto de Guarulhos
Seis pessoas foram indiciadas pelo assassinato de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, morto a tiros em novembro de 2024
-1jy7orqt0u4hi.png "Redação Terra"){kind=small}
A Polícia Civil de São Paulo concluiu a investigação sobre a morte de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Seis pessoas foram indiciadas pelo crime, que foi motivado por disputas dentro do crime organizado.
A Polícia Civil de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 14, que concluiu a investigação principal sobre a morte de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, assassinado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro do ano passado. Seis pessoas foram indiciadas pela participação no crime, que, segundo as autoridades, foi motivado por disputas dentro do crime organizado. O relatório final será enviado à Justiça ainda hoje.
Gritzbach, empresário conhecido por ter delatado traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi executado em plena luz do dia, em um dos aeroportos mais movimentados da América Latina. De acordo com a Polícia Civil, a motivação do assassinato foi a acusação de que Gritzbach teria ordenado a morte de dois membros do PCC, Anselmo Santa Fausta (o Cara Preta) e Antônio Corona Neto (o Sem Sangue). A informação foi noticiada pelo Globo. O Terra aguarda resposta do Ministério Público.
Mandantes e executores
A investigação apontou que o crime foi orquestrado por Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Cigarreira, e Diego dos Santos Amaral, o Didi. Ambos são apontados como mandantes da execução.
Conforme o jornal, a delegada Luciana Peixoto revelou que provas técnicas, incluindo conversas de WhatsApp, indicam que os dois estavam envolvidos diretamente no planejamento do assassinato.
“A motivação do crime foi a morte do Cara Preta e do Sem Sangue. Temos provas de que Cigarreira e Didi são os mandantes, com diálogos que confirmam que Didi estava com o Cara Preta pouco antes do assassinato”, explicou a delegada.
Além dos mandantes, foram indiciados três policiais militares, que atuaram como executores do crime: o cabo Denis Antônio Martins, o soldado Ruan Silva Rodrigues e o tenente Fernando Genauro, que também era responsável pelo transporte dos atiradores até o aeroporto.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
O grupo foi indiciado por homicídio quintuplamente qualificado, com as seguintes qualificações: motivo torpe, uso de meio que possa resultar perigo comum, execução em emboscada, e emprego de armas de fogo de uso restrito.
Mandados de prisão
A Polícia Civil pediu à Justiça que as prisões temporárias dos seis indiciados sejam convertidas em prisões preventivas, sem prazo determinado. Atualmente, os três policiais militares já estão presos no Presídio Romão Gomes da Polícia Militar, na Zona Norte de São Paulo, desde janeiro de 2024. No entanto, os mandantes e o olheiro do aeroporto, Kauê do Amaral Coelho, ainda permanecem foragidos.
A polícia segue investigando a atuação de outros envolvidos no crime, incluindo um possível núcleo de apoio que teria auxiliado na fuga dos suspeitos e em outras etapas da execução. Kauê, que é apontado como o responsável por monitorar a chegada de Gritzbach ao aeroporto, tem ligação com o tráfico de drogas na região de Osasco, conforme investigado pela força-tarefa.
O mistério do pagamento
Embora a polícia tenha encontrado indícios de que o assassinato tenha sido encomendado por uma quantia milionária, o valor exato ainda não foi confirmado. A delegada Luciana Peixoto destacou que conversas no WhatsApp mencionam um pagamento de R$ 3 milhões pela execução, mas o dinheiro não foi localizado até o momento.
