Polícia faz operação para prender o ex-motorista da socialite que 'desapareceu' no Edifício Chopin, no Rio
José Marcos Ribeiro é acusado de sequestro, cárcere privado, violência psicológica e tentativa de feminicídio
Nesta terça-feira, 26, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro tentaram prender José Marcos Chaves Ribeiro através da Operação Dama de Ouros, mas não o encontraram. O ex-motorista é acusado de tentativa de feminicídio, sequestro, cárcere privado, violência psicológica e furto qualificado contra a socialite Regina Lemos Gonçalves, de 88 anos. O caso veio à tona quando vizinhos do icônico Edifício Chopin denunciaram o desaparecimento da idosa.
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A socialite é viúva há 30 anos e herdeira de Nestor Gonçalves, fabricante dos famosos baralhos Copag. No entanto, ela vivia em união estável com o seu então motorista particular, José Marcos Chaves Ribeiro, de 53 anos.
Regina residia em um tradicional edifício em Copacabana quando vizinhos e familiares estranharam seu desaparecimento. A família, então, passou a acusar o ex-motorista de manter a idosa em cárcere privado, sem contato com amigos e outras pessoas.
Uma denúncia anônima sobre seu desaparecimento foi feita ao Ministério Público do Rio em maio de 2022. Na ocasião, conhecidos relataram tentativas frustradas de contato com ela e disseram que seus telefones estavam sob o controle de José Marcos, sempre pronto a responder, seja por telefone ou pessoalmente, com evasivas e desculpas, alegando que Regina estava doente.
Depois da repercussão do caso, a socialite veio à público confirmar a história. Em entrevista ao Fantástico em abril, Regina contou como era a rotina. "Ele pegava celular.... Eu vivia assim... Sem poder ter contato com ninguém. E tudo do jeito que ele pensava e depois saía. Eu ficava em cativeiro", afirmou ao programa da TV Globo.
Operação Dama de Ouros
A investigação formal que resultou na Operação Dama de Ouros só começou em novembro de 2023, quando a polícia passou a coletar depoimentos e informações, além de analisar laudos e boletins de atendimento médico do período em que o ex-motorista viveu com a vítima no apartamento.
José Marcos também está sendo investigado pela 12ª DP por tentativa de feminicídio contra Regina. Segundo o Ministério Público, a idosa foi encaminhada a um hospital com uma lesão suspeita na cabeça em dezembro de 2021 e precisou ser operada. Ela só teve alta em janeiro de 2022.
A mansão da herdeira da Copag também precisou ser desocupada a mando da Justiça. Durante a investigação, os agentes estiveram no edifício Chopin e realizam buscas no imóvel e em apartamentos da idosa.
Atualmente, José Marcos é proibido de se aproximar de Regina Lemos Gonçalves ou tentar contato por qualquer meio. O ex-motorista está foragido.