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Polícia Federal não descarta prender empresários em operação

Investigadores vão tomar depoimentos de integrantes de grupo com mensagens golpistas

23 ago 2022 - 13h47
(atualizado às 15h57)
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Empresários na mira da PF
Empresários na mira da PF
Foto: Estadão

A Polícia Federal vai tomar depoimentos dos empresários alvos de busca e apreensão nesta terça-feira, 23, informa a jornalista Andréia Sadi, da TV Globo. A depender do conteúdo que for levantado nas oitivas, a corporação não descarta efetuar prisões, caso seja necessário.

A pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a PF cumpre mandados em endereços envolvendo oito empresários que defenderam um golpe de Estado em um grupo de WhatsApp. Entre os alvos da operação, estão os empresários Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury (shopping Barra World), Luciano Hang (lojas Havan), Luiz André Tissot (Sierra Móveis), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa).

O ministro também determinou o bloqueio das contas bancárias e dos perfis em redes sociais dos empresários. Outro pedido de Moraes foi a quebra de sigilo bancário e tomada de depoimentos.

Entenda

A coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, teve acesso ao conteúdo do grupo que mostra trocas de mensagens, como a do dia 31 de julho. Na ocasião, o empresário José Koury defendeu explicitamente uma ruptura na democracia do País.

"Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo", afirmou, deixando implícito que não se importaria que o Brasil virasse uma ditadura novamente.

A mensagem recebeu apoio de parte dos integrantes do grupo, como o de Morongo, como é conhecido o dono da rede de lojas de surfe Mormaii. "Golpe foi soltar o presidiário! Golpe é o 'supremo' agir fora da constituição! Golpe é a velha mídia só falar m...".

Morongo também citou os atos marcados para o 7 de Setembro. "Está sendo programado para unir o povo e o Exército e ao mesmo tempo deixar claro de que lado o Exército está. Estratégia top e o palco será o Rio. A cidade ícone brasileira no exterior. Vai deixar muito claro", escreveu.

Ainda no mesmo dia, André Tissot, do Grupo Sierra, endossou a opinião sobre o golpe e disse que a ruptura já deveria ter ocorrido antes: "O golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo. [Em] 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais".

Pedido de investigação

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse ter acionado o Supremo Tribunal Federal (STF) para quebrar o sigilo de um grupo de WhatsApp com empresários bolsonaristas que teriam defendido, na troca de mensagens, um golpe de estado para manter o presidente Jair Bolsonaro no Planalto. O parlamentar defende que os autores das mensagens sejam presos se necessário. "A democracia não pode tolerar a convivência com quem quer sabotá-la", argumentou.

* Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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