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⁠Polícia prende suspeito ligado a plano do PCC para assassinar Sergio Moro

27 nov 2024 - 11h01
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A Polícia Militar de São Paulo prendeu, na noite desta terça-feira (26), um homem de 42 anos suspeito de integrar a célula "restrita" do Primeiro Comando da Capital (PCC). O grupo é conhecido por sua violência e organização, e o suspeito teria envolvimento direto no plano de sequestro e assassinato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), desmantelado em março de 2023.

Suspeito foi preso em sítio em Itanhaém, no litoral de São Paulo
Suspeito foi preso em sítio em Itanhaém, no litoral de São Paulo
Foto: Secretaria de Segurança Pública de São Paulo / Perfil Brasil

A captura foi realizada por agentes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) em Itanhaém, no litoral paulista. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o homem estava escondido em um sítio e foi encontrado com uma arma de numeração raspada e um documento falso.

As investigações apontam que ele desempenhou papel crucial no levantamento de informações sobre a rotina de Moro no Paraná, além de ter um histórico criminal extenso, com passagens por homicídio, roubo, formação de quadrilha e porte de arma.

Quem são os outros alvos do PCC?

Esse mesmo suspeito seria ligado a outro integrante da facção, preso pela Polícia Federal (PF) em março de 2023 por envolvimento no planejamento do crime. Esse cúmplice estava detido na Penitenciária II de Presidente Venceslau, mas foi assassinado dentro do presídio em junho deste ano.

O plano, articulado pela facção, previa ataques coordenados contra autoridades e servidores públicos, com o uso de sequestros e extorsões. Sergio Moro, alvo central do esquema, foi responsável, enquanto ministro da Justiça, pela transferência de líderes do PCC para penitenciárias federais, o que teria motivado a retaliação.

Além do senador, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya também era um dos principais alvos do PCC. Investigador da facção desde os anos 2000, ele alertou a Polícia Federal, que designou uma equipe para aprofundar o caso.

Monitoramento e mobilização

Segundo a PF, o grupo criminoso utilizava "olheiros" para observar a residência de Moro, a movimentação de sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), e de seus filhos. Os criminosos alugavam chácaras, escritórios e casas próximas aos locais frequentados pela família, e o monitoramento era feito até mesmo durante viagens fora do Paraná.

A investigação revelou que pelo menos dez criminosos atuavam no esquema de vigilância. As ações planejadas poderiam ocorrer de maneira simultânea em cinco estados: São Paulo, Paraná, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

O esquema desarticulado pela PF em março de 2023 foi descrito como um dos mais complexos já organizados pela facção.

Perfil Brasil
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