Policial que matou vizinho por causa de som alto enfrentará novo julgamento
Ministério Público contesta sentença e pede nova avaliação do caso
Um policial militar que matou o vizinho após uma discussão sobre som alto, na cidade de Catuípe, no Noroeste do Rio Grande do Sul, será submetido a um novo julgamento. A decisão foi tomada pela 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça do RS, atendendo a um recurso do Ministério Público (MP). O brigadiano havia sido condenado em março deste ano a prestar serviços comunitários e pagar indenização aos familiares da vítima, após o júri entender que se tratava de um homicídio culposo (sem intenção de matar).
O crime ocorreu em abril do ano passado, quando o policial atirou na cabeça de Gilvane Pinto, de 41 anos, durante uma briga motivada pelo volume do som. No julgamento original, a pena de um ano e 10 meses de prisão foi substituída por serviços comunitários, uma decisão que o MP considerou inadequada.
Os promotores de Justiça Rodrigo Piton e Nilton Kasctin dos Santos argumentaram que o caso deveria ser tratado como homicídio doloso (com intenção de matar), agravado por motivo fútil e pelo uso de um recurso que dificultou a defesa da vítima. O Tribunal de Justiça acatou o recurso, decidindo que o brigadiano será novamente julgado.
Além disso, o policial também foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio contra um amigo da vítima no primeiro julgamento, o que será reconsiderado no novo processo. A data para o novo júri ainda será definida.
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