O assunto até parece de livro de ficção científica: soldados parcialmente invisíveis, pulando sobre muros e tratando de seus próprios ferimentos nos campos de batalha. Mas este é um projeto desenvolvido pelo Massachussets Institute of Technology (MIT) para um programa do Exército dos Estados Unidos que pretende criar equipamentos de alta tecnologia que permitam tais façanhas.O MIT acertou um contrato de cinco anos com o Exército norte-americano a fim de criar um centro de desenvolvimento de roupas de combate usando materiais do tamanho de átomos. Considerada uma das instituições de tecnologia mais avançadas do mundo, o MIT ajudou a colocar o homem na Lua, a desenvolver o radar e lançou a era dos computadores.
O recém-formado Instituto de Nanotecnologias para Soldados será custeado por US$ 50 milhões vindos do Departamento de Defesa dos EUA. Outros US$ 40 milhões poderiam ser doados por empresas, disse Thomas Magnanti, diretor da escola de engenharia do MIT.
Magnanti e outros dirigentes do instituto disseram prever o desenvolvimento de um uniforme leve que mude de cor como um camaleão, torne-se duro na região de ossos quebrados e consiga detectar agentes bioquímicos letais como o antraz. Conforme Magnanti, os soldados norte-americanos no Afeganistão carregam até 65 quilos em roupas e equipamentos. O objetivo do MIT é reduzir esse peso para 20 quilos.
Uma idéia é copiar as propriedades de resistência e flexibilidade da teia da aranha a fim de desenvolver tecidos a prova de balas. Mas, se o soldados quebrar uma perna, por exemplo, um xarope que corre dentro da fibra do tecido ficaria rígido, criando uma tala para estabilizar a fratura.
O tecido do uniforme também teria sensores que poderiam injetar medicamentos, como analgésicos, ou informar as condições de saúde do combatente ferido.
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