Um político chinês que governou duas cidades da província central de Hubei foi acusado de corrupção e de aproveitar-se de seu cargo para ter mais de cem amantes. Zhang Erjiang, detido no mês de julho, é acusado de receber propinas, de falsificar estatísticas municipais e de imoralidade. O homem, que foi prefeito das localidades de Danjing e Tianmen, admitiu haver tido 107 amantes durante sua época no poder, informou hoje o jornal South China Morning Post. A longa lista de mulheres inclui membros da Jovem Liga Comunista e da Federação Chinesa de Mulheres, altas funcionárias de departamentos governamentais, executivas de companhias estatais e até prostitutas. Os que estiveram junto a Zhang a frente dos dois municípios assinalam que a lista é muito mais longa, mas que muitas das amantes foram esquecidas pelo acusado.
Os antigos colaboradores também assinalaram que em suas viagens oficiais à capital da província ou a Pequim, Zhang elegia uma ou dois das empregadas do hotel em que se hospedava para atenderem aos seus desejos sexuais. As mulheres eram escolhidas apenas pela aparência, sem serem descartadas as menores de idade.
Aparentemente, o chefe local era um homem que proclamava a importância da moralidade na sociedade, assinalaram seus conhecidos à imprensa. No entanto, Zhang foi acusado de haver recebido subornos no valor de 820.000 iuanes (US$ 100 mil) e haver maquiado as cifras reais da cidade de Danjiang, com o que conseguiu que a cidade fosse nomeada "modelo na luta contra a pobreza" apesar da presença de mais de 70 mil pessoas vivendo na miséria.
Estes delitos podem levá-lo a pena de morte, se as autoridades judiciais chinesas aplicam contra ele a usual tática de executar a funcionários locais com o fim de dar exemplo a população.
EFE