» Página inicial

    DANIEL GALERA
daniel.galera@terra.com.br

Pivete mata policial para ficar com a esposa

Terça, 12 de março de 2002, 12h31



O Alexandre foi o primeiro. Um dia parou para conversar com ela no portão, sem motivo especial. Ela convidou ele pra tomar uma coca-cola dentro de casa. Na noite do mesmo dia ele tava contando a história pros demais. Dia sim, dia não, ele aparecia na Andréia, e ela nunca deixava ele na mão. Depois foi o Christian, que resolveu tentar a sorte e visitar a Andréia num dia que o Alexandre não compareceu.

Em questão de semanas, a gurizada toda já conhecia a Andréia, esposa do Herval, um policial que tava sempre fora de casa durante o dia. Era só chegar durante a tarde, quando o Herval tava fora, jogar conversa fora por alguns minutos e torcer pelo convite para entrar. A Andréia fazia de tudo, era insaciável, tirou o cabaço de meia dúzia e ensinou muita coisa pra quem achava que sabia como se faz.

Toda a gurizada descobriu a Andréia, só faltava o Nestor. Ele era virgem e um dia a turma combinou de arrastar ele até a casa dela. No bairro, quem ainda não tivesse visitado a Andréia não era homem, era puto. É o que diziam. Tanto pressionaram o Nestor e chamaram ele de viadinho que ele foi. A gurizada ficou na esquina, fiscalizando. Ele encontrou a Andréia lavando um tapete no jardim, comentou que o sol estava forte e foram conversando. Ela convidou o Nestor para entrar e tomar uma água, que estava quente demais. Ele foi, tomou a água, Andréia o pegou pela mão e levou pro quarto. Era bonita, meio gordinha e tinha cabelo oxigenado. O Nestor ficou nervoso e broxou. Ele não contou nada pros amigos, mas na semana seguinte o Inácio conseguiu a informação com a Andréia. O Nestor ficou com fama de mulherzinha.

Um dia o Alexandre veio correndo até a pista de skate, com o nariz arrebentado. Contou que estava dando no couro da Andréia e o Herval chegou em casa. Levou um soco na cara e conseguiu fugir. Todos correram até a esquina próxima à da casa da Andréia, e escutaram seus gritos. O Herval tava cagando ela a pau. Em silêncio, escutaram os tapas, gritos, vidro se quebrando.

O Nestor disse que eles tinham que entrar lá e fazer alguma coisa, o desgraçado ia matar a Andréia. Mas os outros acharam que era loucura, o cara era policial, ia dar um tiro na fuça deles. Nestor não aguentava mais ouvir os gritos da mulher.

- Bando de cagalhão. Pra comer ela todo mundo é homem, né?

Catou um bloco de concreto armado em um terreno baldio e entrou na casa. De repente, os gritos cessaram. Nestor saiu ajudando a Andréia a caminhar. Bateu na casa dos vizinhos até que um deles aceitou levar a mulher para o hospital. Nestor foi junto com ela. Os outros entraram na casa e encontraram o Herval no chão, com a cabeça esmagada pelo bloco de concreto.

Leia a crônica anterior

Veja as notícias »


outros canais
  • Exclusivo!
    Televisão, moda, astros e babados
  • Notícias
    Tudo o que acontece no Brasil e no mundo
  • Esportes
    Notícias, fotos e cobertura de jogos
  • Revistas
    Para todas as idades e gostos
  • Copyright© 1996 - 2000 Terra Networks, S.A. Todos os direitos reservados. All rights reserved.