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    EMILIANO URBIM
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Quando eu conheci o Sting

Terça, 25 de junho de 2002, 06h23



Eu encontrei o Sting (esse mesmo, do The Police) uma vez na vida só, de maneira completamente inusitada. Lembro como se fosse hoje: meu controle da NET estava estragado e fui roubar emprestado o do meu irmão no quarto dele. A peça, notória por sua bagunça, fazia juz a fama naquele dia; era tanta reviria que o controle poderia estar em qualquer parte. O primeiro lugar que me ocorreu procurar foi de baixo da cama, uma aposta segura e elogiada por público e crítica. Qual não foi minha surpresa quando levantei o lençol e dei de cara com nada mais nada menos que o Sting! Imaginem só, um baita alemão de calça social e camiseta branca enfiado embaixo da cama do meu-irmão-gordo, no meio da poeira, me olhando com seus assustados olhos azuis. Não acreditei, né? Passaram-se alguns segundos de encaramento mútuo, em que não trocamos palavra. Foi então que o Sting levou o indicador aos lábios e assoprou "shhhhhhh", sinal universal para que eu não contasse nada a ninguém. O que eu fiz? Não contei nada, claro. Deixei o cara ali e continuei procurando o controle, que no fim estava embaixo de uma pilha de roupa. Gozado foi quando o meu irmão chegou em casa. Sting saiu de baixo cama gritando e o gordo levou um baita susto, se cagou todo. Depois de pregar a peça no rechoncho, o Sting pulou da sacada pra rua, pegou um táxi e nunca mais a gente soube dele.

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