Por que Taylor Swift fez história no Grammy
Premiação coroou o grande ano da cantora americana e fenômeno pop. Ela deixou para trás recorde anterior alcançado por astros como Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder.Foi uma noite que ficará marcada na história do Grammy. A edição de 2024 da premiação coroou o grande ano da cantora americana e fenômeno pop Taylor Swift. Depois de se consagrar com a turnê mais lucrativa da história, ser a artista mais ouvida em 2023 e ser eleita a Pessoa do Ano pela revista Time, Swift agora quebra mais um recorde e se torna a única na história a vencer quatro vezes a categoria Álbum do Ano, com Midnights.
Com essa conquista, a loirinha (como é carinhosamente chamada pelos fãs - os Swifties) superou grandes nomes da música, como Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder, todos com três vitórias na principal categoria da premiação. Taylor já havia feito história ao ser indicada. Ela está empatada com Barbra Streisand em quantidade de nomeações ao Álbum do Ano, com seis no total.
Midnights, que explora uma montanha-russa de sentimentos da cantora no que ela chamou de 13 noites sem dormir, junta-se agora a Fearless (2009), 1989 (2015) e Folklore (2021), seus outros projetos premiados nessa categoria.
A cerimônia foi marcada pelo protagonismo feminino: artistas mulheres levaram os quatro troféus mais importantes da noite. Além de Swift com Álbum do Ano, Billie Eilish levou o gramofone de Música do Ano por What Was I Made For?, da trilha sonora de Barbie. Flowers, de Miley Cyrus levou o prêmio de Gravação do Ano, enquanto Victoria Monet foi escolhida Artista Revelação.
Álbum novo
Além de Álbum do Ano, Taylor também levou para casa o prêmio de melhor Álbum Pop Vocal, que consagra o álbum com "melhor qualidade vocal na música pop". Com esse, já são 14 gramofones para ela em 52 indicações.
Durante o discurso, ela revelou o título e a data de lançamento do seu 11º álbum de estúdio, o The Tortured Poets Department, que chega em 19 de abril.
A cantora também retoma a aclamada The Eras Tour no próximo dia 7, quando sobe novamente aos palcos para se apresentar em Tóquio, dando início à etapa da Ásia e Oceania da turnê que contempla 44 canções de seus 17 anos de carreira em uma megaprodução de mais de três horas de duração.
Em novembro passado, Taylor trouxe a turnê para a América do Sul, realizando seis shows no Brasil. Sua passagem pelo Rio de Janeiro foi marcada pela morte da jovem Ana Clara Benevides, de 23 anos, que passou mal durante a primeira apresentação da cantora no país. Segundo a perícia, Benevides morreu por conta de exaustão térmica, causada por exposição ao calor extremo dentro do Estádio Nilson Santos em um dia que os termômetros ultrapassaram os 39°C.
Swift X Trump
Artista mais ouvida de 2023, com mais de 26 bilhões de streams no Spotify, principal plataforma de streaming musical, não é de hoje que sua influência e alcance impressionam. Pautada em letras expondo sua vida pessoal com outros famosos e histórias fáceis de se identificar, a cantora construiu e preza por uma imagem que transmite proximidade com os fãs.
Pensando nisso, não é de hoje que a popularidade de Swift chama a atenção de políticos nos Estados Unidos. Em 2018, Taylor resolveu se posicionar politicamente pela primeira vez, manifestando seu apoio a candidatos do Partido Democrata para o Legislativo do estado do Tennessee, onde cresceu.
Ela também declarou apoio em 2020 ao então candidato Joe Biden no pleito contra Donald Trump, por conta do posicionamento do então presidente americano durante a pandemia de covid-19. Em setembro de 2023, a cantora pediu para que seus fãs se registrassem para votar, já que no país o voto não é obrigatório. Foram 35 mil novos registros após o pedido, segundo a ONG Vote.org.
Recentemente, Taylor voltou a aparecer vinculada à política americana. Apoiadores de Trump têm disseminado teorias da conspiração de que a classificação do Kansas City Chiefs, time de Travis Kelce, namorado de Swift, para o Super Bowl teria sido arranjada para que ela pudesse anunciar seu apoio a Biden nas eleições de novembro desse ano.
Jesse Waters, apresentador do canal de notícias Fox News, chegou a dizer que Taylor poderia ser uma ferramenta psicológica do Departamento de Defesa do governo americano.