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Pré-eclâmpsia: Quadro de Isabella Scherer pode não apresentar sintomas e trazer riscos na gravidez

Campeã do 'MasterChef 2021' teve de fazer uma cesárea após diagnóstico de pressão alta; ela segue internada na maternidade

5 set 2022 - 11h01
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Isabella Scherer, campeã do 'MasterChef 2021', segue internada na maternidade após ter um 'pico de pressão' no último sábado, 3.
Isabella Scherer, campeã do 'MasterChef 2021', segue internada na maternidade após ter um 'pico de pressão' no último sábado, 3.
Foto: Instagram/@isascherer / Estadão

A atriz Isabella Scherer, campeã do MasterChef 2021, contou ter recebido o diagnóstico de pré-eclâmpsia, ou pressão alta na gravidez, e, por isso, ter agendado uma cesárea para dar à luz os filhos Mel e Bento. Os gêmeos, frutos do relacionamento de Isabella com o modelo Rodrigo Calazans, vieram ao mundo na semana passada.

Ela havia programado a alta para o último sábado, 3, mas não pôde ir para casa por conta de um novo "pico de pressão". "Foi mais alto até do que o próprio parto, foi para 18/11", contou a atriz no Instagram.

Apesar de, muitas vezes, não apresentar sintomas, o quadro de Isabella pode trazer sérios riscos à grávida e aos bebês e ser favorecido durante uma gestação de gêmeos.

"A gravidade é quando a paciente tem a eclâmpsia, que é a convulsão", explica o médico Mário Macoto Kondo, coordenador de obstetrícia de alta complexidade do Hospital e Maternidade Santa Joana.

Kondo conta que ainda não se sabe a causa exata da pré-eclâmpsia, mas que vários fatores, como questões ligadas à imunidade da paciente, podem estar ligados ao diagnóstico. O quadro se dá a partir da 20ª semana de gestação.

Como a pré-eclâmpsia é diagnosticada?

A ausência de sintomas em algumas mulheres é o que dificulta o diagnóstico. O médico ressalta que é esse o motivo para que o pré-natal tenha tanta importância durante a gestação.

O ideal, segundo ele, é que o exame seja feito pelo menos uma vez por mês. "A paciente vai fazer a medição da pressão e, assim, vai conseguir detectar algumas alterações", pontua.

Os sintomas se dão de forma "sutil" na maioria das vezes. Kondo explica que os principais são: ganho de peso abrupto, inchaço nas mãos e no rosto, dor de cabeça, alteração visual e falta de ar.

O que fazer após o diagnóstico de pré-eclâmpsia?

Mário Kondo ressalta que o tratamento do quadro depende da gravidade e do período da gravidez. A doença é chamada de pré-eclâmpsia precoce antes da 34ª semana de gestação e de tardia após 34 semanas.

Em muitos casos, a pressão arterial pode ser controlada através da medicação. O principal medicamento administrado para o quadro é o sulfato de magnésio. "É uma proteção para os bebês e para a mulher, ele ajuda, principalmente, na parte neurológica da mãe", explica Kondo.

Conforme o médico, nas formas mais leves, a pré-eclâmpsia pode ser tratada com repouso, uso de medicação hipotensora e avaliação frequente. O ideal é adiar ao máximo o parto para que os bebês não nasçam prematuros.

"A prematuridade é sempre um problema e nós buscamos fazer ajustes e ganhar dias até, pelo menos, a 28ª semana", explica. Porém, casos como o de Isabella, em que os sintomas são mais intensos, podem exigir um parto emergencial.

O pilar mais importante, segundo o médico, é evitar situações que provoquem estresse após o diagnóstico e manter atenção à alimentação. Em muitos casos, a mulher é encaminhada a uma nutricionista para monitorar a questão nutricional.

"A alimentação deve evitar o consumo excessivo de sódio, principalmente de alimentos industrializados e embutidos. A paciente deve buscar sempre relaxar e ela pode até se movimentar, fazendo uma caminhada", orienta Mário Kondo.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

Estadão
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