Prefeito de Imbé revoga decreto de calamidade pública após críticas
Mudança ocorre devido à repercussão negativa; Ministério Público investigará decretos semelhantes
Após decretar estado de calamidade pública na quarta-feira (8), a prefeitura de Imbé decidiu revogar o decreto no dia seguinte, em meio à reação negativa da população. A medida foi tomada após críticas, uma vez que o Litoral Norte não foi afetado pelas enchentes que assolaram outras regiões do Rio Grande do Sul, levando milhares de pessoas a se deslocarem para a área.
O prefeito Luis Henrique Vedovato (MDB) havia justificado o decreto como uma forma de garantir serviços básicos e buscar recursos para acolher os deslocados. Ele mencionou que os atendimentos de saúde já estavam sendo afetados devido ao aumento populacional. Cerca de 5 mil pessoas teriam se deslocado para Imbé nos últimos dias, embora não tenha sido montado nenhum abrigo público até o momento.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul anunciou que investigará casos de decretos de calamidade pública emitidos por municípios que não foram atingidos pelas enchentes, em meio a preocupações com o uso inadequado dessas medidas em busca de recursos.