'Preferia morrer': ex-bailarina do Fantástico, agora no Retiro dos Artistas, relembra acidente
O Retiro dos Artistas carrega consigo histórias emocionantes de superação e resiliência. Em entrevista exclusiva ao jornalista Arthur Pazin da CARAS Brasil, a bailarina Stella Maris Heredia, mais conhecida pelo nome artístico Morita Heredia, relembrou momentos difíceis de sua trajetória, incluindo o grave acidente que quase lhe tirou a vida.
'Meu mundo caiu': superação, fé e um acidente que mudou tudo
Na década de 1980, Morita enfrentou um dos momentos mais difíceis de sua vida. Em 1986, um grave acidente de carro a deixou entre a vida e a morte. "Tive um acidente de carro e quebrei o pescoço, em 1986. Os médicos falavam: 'ou morre, ou fica na cadeira de rodas'. Eu fiquei um mês e meio em coma", relembrou.
A bailarina encontrou força em sua fé para enfrentar os desafios. "Quando eu senti mesmo, quando percebi o que estava acontecendo, eu sou muito religiosa, eu converso com Ele [Deus], assim como estou conversando contigo. Eu falei: 'olha só, na cadeira de rodas, não quero ficar, prefiro morrer, e morrer eu não posso'. Eu tinha dois filhos adolescentes", declarou.
A recuperação foi considerada milagrosa. Apesar das adversidades, Morita conseguiu superar as limitações impostas pelo acidente e retomou suas atividades, incluindo aulas de dança. "Em 1985, me separei e 1986, teve o acidente, meu mundo caiu. Então, eu só falava para Ele: 'Me dá forças que eu consigo'. Não era para eu andar, não era nem para eu viver e consegui! Ainda dei aula de dança. Agora [ando] com mais dificuldade porque vou fazer 80 anos, não consigo parar", finalizou.
Do balé argentino ao estrelato no Brasil
Natural da Argentina, Morita chegou ao Brasil aos 19 anos, acompanhando um espetáculo de balé. Apesar de inicialmente planejar retornar ao seu país, a paixão por um brasileiro mudou o rumo de sua vida. "Era para fazer um espetáculo lindo, maravilhoso, que foi muito bom. Aí todo mundo foi embora para a Argentina e eu fiquei, me apaixonei por um brasileiro e fiquei", contou.
A partir de então, ela construiu uma carreira sólida no Brasil. "Nas televisões todas. Eu fui do balé da TV Tupi, lá na Urca; depois passei para TV Rio; aí fui na Globo e fiquei até o final, até os 40 anos", revelou. Seu talento garantiu destaque em grandes produções e consolidou seu nome entre as principais bailarinas da época.
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