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Níveis dos mananciais de SP caem com chuvas escassas em setembro

Mananciais da Região Metropolitana de São Paulo apresentam queda nos volumes e pouca chuva em setembro agrava risco de abastecimento de água.

1 out 2024 - 10h40
(atualizado às 18h52)
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No final de setembro de 2024, os mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) apresentaram uma queda nos volumes operacionais e chuvas muito abaixo da média histórica. Mesmo com alguns registros de chuva ao longo do mês, os níveis de água armazenada diminuíram de forma consistente. Mas o que isso significa para a vida diária da população? Vamos analisar esses dados.

Foto: Climatempo

Fonte: GettyImages

O que são os mananciais e por que eles são essenciais?

Os mananciais são reservatórios naturais ou artificiais que armazenam a água que abastece a cidade de São Paulo e região. É dessa água que as pessoas usam para beber, cozinhar e realizar atividades do dia a dia. A RMSP conta com sete sistemas produtores, sendo o Cantareira o principal. Ele é um dos maiores responsáveis por levar água às torneiras de milhões de paulistas.

Queda nos volumes operacionais: o que isso significa?

Em 30 de setembro, os dados mostram que todos os mananciais apresentaram queda no volume de água armazenada. Veja alguns exemplos:

  • O Cantareira, que é o maior manancial, estava com 50,9% de sua capacidade total, apresentando uma queda de -0,2% no dia. Isso significa que o volume armazenado está pouco acima da metade de sua capacidade total.
  • O Alto Tietê registrou 46,5% de sua capacidade, com uma variação negativa de -0,3%.
  • O Guarapiranga, responsável por boa parte do abastecimento, teve uma queda de -0,2%, mantendo 38,9% de seu volume total.
  • Outros mananciais, como Cotia e São Lourenço, apresentaram quedas mais expressivas de -0,4% e -0,5%, respectivamente.

O volume total armazenado na RMSP ficou em 48,9%, com uma variação negativa de -0,3% apenas no dia.

Chuvas abaixo da média é uma situação preocupante?

Em setembro, foram registradas chuvas, mas em volumes muito menores do que o esperado. Vamos analisar alguns dados:

  • O Cantareira registrou apenas 5,4 mm de chuva, enquanto a média histórica para o mês é de 81,2 mm. Isso representa uma precipitação muito abaixo do esperado, deixando o sistema sem recarga significativa.
  • O Alto Tietê também teve chuva baixa, com 5 mm em comparação aos 60,3 mm esperados para o mês.
  • O Rio Claro foi o sistema que recebeu mais chuva, com 20,8 mm, mas ainda assim abaixo da média histórica de 138,7 mm.

Em todos os mananciais, a chuva acumulada do mês ficou longe das médias históricas. Isso significa que, sem chuvas significativas para repor os volumes retirados para consumo, os níveis dos reservatórios continuam a cair.

Consequências da diminuição nos mananciais

Quando os mananciais apresentam queda constante nos volumes e não há chuva suficiente para reabastecê-los, surgem algumas preocupações:

  • Risco de desabastecimento: com o volume armazenado em queda, aumenta o risco de restrições no abastecimento ou até mesmo rodízios, como já ocorreu em períodos de crise hídrica no passado. Isso poderia afetar diferentes bairros em diferentes horários.
  • Consumo consciente: a população precisa ficar atenta ao uso consciente da água. Ações como diminuir o tempo de banho, evitar lavar calçadas ou carros, e fechar a torneira enquanto escova os dentes são atitudes simples que ajudam a economizar esse recurso tão importante.

 

Cenário geral e importância de acompanhamento

O volume total armazenado em todos os mananciais que abastecem a RMSP está abaixo de 50%, com tendência de queda caso as chuvas não aumentem em outubro. O acompanhamento diário dessas informações é essencial para entender como a situação está evoluindo e quais medidas podem ser tomadas para evitar possíveis problemas de abastecimento.

Climatempo
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