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Quando vai parar de chover? INMET responde

Rio Grande do Sul enfrenta chuvas intensas e temporais em meio a mês de setembro com precipitações sem precedentes

26 set 2023 - 13h07
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O Rio Grande do Sul enfrenta um cenário desafiador nesta terça-feira, com chuvas intensas e tempestades afetando várias regiões. Diversas cidades foram atingidas por granizo nas últimas horas, e algumas delas sofreram danos significativos causados pelas pedras de gelo de médio a grande tamanho. O estado também tem registrado uma alta incidência de raios e rajadas de vento forte.

Foto: Reprodução / Porto Alegre 24 horas

Após três semanas consecutivas de chuva, setembro está se tornando um mês sem precedentes em termos de volumes de precipitação no Rio Grande do Sul. O estado já enfrentou desastres naturais, incluindo enchentes que resultaram em 50 mortes no início do mês. A pergunta que muitos gaúchos fazem é: quando a chuva finalmente dará uma trégua?

Nesta terça-feira, a instabilidade atmosférica é evidente, impulsionada pela interação de uma área de baixa pressão com uma massa de ar extremamente quente sobre o Brasil. A elevada temperatura chegou a atingir 43ºC em Minas Gerais e 43ºC a 44ºC em estações meteorológicas do estado de São Paulo. Essa área de baixa pressão avança do Nordeste da Argentina e do Paraguai em direção ao Sul do Brasil, trazendo chuvas fortes e temporais com granizo e ventos intensos ao Rio Grande do Sul.

Para complicar ainda mais a situação, há a entrada de ar quente em altitude na Metade Norte do estado, impulsionada por uma corrente de jato que traz ventos fortes do quadrante Norte para as regiões do Noroeste e Norte do Rio Grande do Sul. Esse ar quente em altitude proporciona a energia necessária para a formação de nuvens de tempestade. Em situações em que a instabilidade atmosférica está associada a ar quente em altitude, é comum observar uma alta incidência de raios e a ocorrência de granizo em muitos pontos, como está sendo observado nesta terça-feira.

O granizo é o principal risco nesta terça-feira, com pedras de tamanho médio a grande em alguns locais. Quanto mais ar quente em altitude estiver presente, maior será o risco de granizo de grande porte. O centro de baixa pressão que está gerando a instabilidade e os temporais deve se transformar em um ciclone na costa na quarta-feira. Isso resultará em rajadas de vento em torno de 60 km/h a 80 km/h, e possivelmente superiores em alguns pontos da orla e dos Campos de Cima da Serra. Há risco de queda de árvores e cortes de energia.

Na quarta-feira, o tempo começará a melhorar à medida que o ciclone se afasta em direção ao mar. A chuva continuará, mas em menor intensidade na maioria das cidades gaúchas, embora ainda possa ser intensa em alguns pontos. Na quinta-feira, o Rio Grande do Sul estará sob a influência de um centro de alta pressão no Atlântico Sul, o que proporcionará tempo mais firme. O sol predominará, embora haja presença de nuvens, especialmente nas Metades Sul e Leste. As temperaturas serão mais baixas, com mínimas ao redor dos 5ºC na Campanha.

A partir da sexta-feira, o sol continuará presente, embora com períodos de maior nebulosidade em algumas áreas. No final do dia, há previsão de chuva na divisa com Santa Catarina. No sábado, áreas de instabilidade atuarão novamente no estado, trazendo chuvas principalmente para a Metade Norte. No entanto, entre domingo e terça-feira, o sol predominará no Rio Grande do Sul, com tempo aberto. A próxima frente fria está prevista para chegar ao estado no dia 4 de outubro, com chuva e a possibilidade de temporais.

É fundamental ressaltar que o clima atual está sendo influenciado por um El Niño em intensificação, o que resulta em chuvas não apenas mais intensas, mas também mais frequentes no Rio Grande do Sul. Os períodos de tempo firme e ensolarado entre os eventos de chuva tendem a ser mais curtos, muitas vezes com duração de apenas dois ou três dias, como tem sido observado ao longo deste mês de setembro.

Com informações: INMET

Porto Alegre 24 horas
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