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Riscos climáticos: E se não atingirmos as metas de Paris?

Estudo mostra que, se as políticas atuais persistirem, podemos ultrapassar pontos críticos irreversíveis até 2100. Saiba por quê agir é crucial.

2 ago 2024 - 07h04
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Um estudo recente revela que, se continuarmos com as políticas climáticas atuais até 2100, corremos um risco significativo de ultrapassar pontos críticos climáticos, mesmo que as temperaturas a longo prazo voltem ao nível de 1,5 °C até 2300. Aqui está um resumo simples do que isso significa e por que é tão importante agir agora.

Foto: Climatempo

Fonte :GettyImages

O que são pontos críticos climáticos (tipping points)?

Pontos críticos são mudanças irreversíveis no sistema climático da Terra. Pense neles como dominós: uma vez que um cai, ele pode desencadear uma série de outros, levando a impactos severos e muitas vezes irreversíveis. Alguns exemplos são:

  • Desintegração das calotas de gelo da Groenlândia e da Antártica.
  • Mudanças na corrente oceânica do Atlântico(AMOC).
  •  Colapso da floresta amazônica.

Nossas políticas atuais não são suficientes

De acordo com o estudo, seguir as políticas climáticas atuais pode levar a uma chance de 45% de ultrapassar um ponto crítico até 2300 e 76% em longo prazo. Mesmo que consigamos retornar a um aumento de temperatura de 1,5 °C após um período de superaquecimento, isso não é suficiente para evitar esses riscos.

O papel das emissões e das temperaturas

Cada aumento de 0,1 °C acima de 1,5 °C aumenta significativamente o risco de ultrapassar um ponto crítico. Se as temperaturas subirem acima de 2 °C, o risco acelera drasticamente. Isso destaca a importância de manter o aquecimento "bem abaixo de 2 °C", conforme o objetivo do Acordo de Paris.

A importância de chegar a emissões zero

Somente alcançando e mantendo emissões líquidas zero de gases de efeito estufa poderemos limitar efetivamente os riscos de ultrapassar pontos críticos. Isso significa que precisamos reduzir as emissões de carbono e, possivelmente, usar tecnologias para remover o carbono da atmosfera.

Incertezas e riscos a longo prazo

Ainda há muitas incertezas sobre como o sistema climático reagirá à redução das emissões. Por exemplo, mesmo que consigamos parar as emissões, os níveis do mar podem continuar a subir por milhares de anos devido à lenta resposta das calotas de gelo.

O estudo deixa claro que as políticas e compromissos atuais não são suficientes para minimizar os riscos climáticos. Precisamos de ações mais rápidas e eficazes para reduzir as emissões e evitar um superaquecimento que pode desencadear mudanças irreversíveis no clima da Terra.

O que podemos fazer?

  • Apoiar políticas que visem emissões líquidas zero.
  • Adotar mudanças de estilo de vida que reduzam nossa pegada de carbono.
  • Incentivar o desenvolvimento e a implementação de tecnologias de remoção de carbono.

A mensagem é clara: precisamos agir agora para garantir um futuro seguro para o nosso planeta. Cada fração de grau conta na luta contra as mudanças climáticas.

Climatempo
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