Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Primeiro pedido de impeachment de Bolsonaro chega à Câmara

Cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Maia, dar seguimento à demanda do deputado distrital Leandro Grass, da Rede

17 mar 2020 - 21h53
(atualizado às 21h57)
Compartilhar
Exibir comentários

O primeiro pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou à Câmara nesta terça-feira, dia 17, dois dias depois que o mandatário ignorou a orientação de ficar em isolamento até refazer testes para o coronavírus e participou de uma manifestação de seus apoiadores em Brasília contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Primeiro pedido de impeachment de Bolsonaro chega à Câmara
Primeiro pedido de impeachment de Bolsonaro chega à Câmara
Foto: Bruno Rocha/Fotoarena / Estadão Conteúdo

O pedido é de autoria do deputado distrital Leandro Grass, da Rede, e alega que Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade - a mesma acusação que levou ao impedimento da petista Dilma Rousseff.

A participação de Bolsonaro em um dos atos de domingo fez com que ele caísse na mira de juristas e até ex-aliados. O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) chegou a anunciar que entraria com pedido de impedimento alegando crimes contra a saúde pública, mas depois disse que iria adiar o protocolo de entrega. A deputada estadual paulista Janaina Paschoal (PSL) pediu o afastamento do presidente e o jurista Miguel Reale Júnior - que assinou com Janaina o pedido que levou ao impeachment de Dilma - defendeu a necessidade de uma junta médica avaliar a sanidade mental do presidente.

Em sua peça, Grass argumenta que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade em ao menos cinco ocasiões: quando ajudou a convocar manifestantes aos atos de domingo, quando alegou no início do mês que as eleições presidenciais tinham sido fraudadas, quando ofendeu a jornalista da Folha Patrícia Campos Mello, quando postou conteúdo pornográfico do Carnaval de 2019 em sua conta no Twitter e quando determinou que se comemorasse o golpe militar de 1964.

A escolha de dar ou não seguimento ao pedido de impeachment cabe ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na segunda-feira, quando foi procurado para comentar sobre o pedido de impeachment iminente de Frota, o deputado informou que não iria se manifestar.

Em entrevista ao Valor, Maia deu a entender que o Congresso não deve se envolver com a iniciativa de um impeachment. O deputado disse ainda que tem a impressão que o próprio Bolsonaro está trabalhando para esticar a corda da tolerância rumo a um impedimento.

"Nós já temos muitos problemas no Brasil para a Câmara ou o Senado serem responsáveis pelo aprofundamento da crise. Nós não seremos responsáveis por isso. Às vezes, me dá a impressão que o governo quer isso. Nós não seremos responsáveis por isso. Todos nós fomos eleitos. O presidente teve 57 milhões de votos, os deputados tiveram 100 milhões de votos", afirmou.

Veja também:

Diário do coronavírus em Wuhan: a história de um casal em quarentena onde tudo começou:
Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade