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Ex-assessor colaborou em investigação sobre Trump e Rússia

Segundo o procurador Robert Mueller, Michael Flynn deu colaboração 'substancial' ao inquérito

5 dez 2018 - 07h55
(atualizado às 09h47)
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O procurador especial Robert Mueller disse na terça-feira que Michael Flynn, ex-conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu uma cooperação "substancial" ao inquérito sobre um possível conluio entre a campanha de Trump e a Rússia.

O escritório de Mueller disse em um documento legal que Flynn colaborou com a investigação "a respeito de elos ou coordenação entre o governo russo e indivíduos associados à campanha de Trump".

Flynn também forneceu "informações em primeira mão sobre o conteúdo e o contexto de interações entre a equipe de transição e autoridades do governo russo", segundo o documento.

Ex-assessor de segurança nacional da Casa Branca Michael Flynn
Ex-assessor de segurança nacional da Casa Branca Michael Flynn
Foto: Carlos Barria / Reuters

Citando 19 depoimentos de Flynn aos procuradores federais, o escritório de Mueller pediu a um juiz federal para não condená-lo à prisão.

Procuradores disseram que Flynn também ofereceu ajuda para outras investigações criminais, mas que estes detalhes foram editados para manter informações sobre casos em andamento em segredo.

David Weinstein, um ex-procurador federal, disse que os trechos editados provavelmente apontam para acusações iminentes contra outros na órbita de Trump e provocaram dúvidas sobre os rumores de que Mueller está quase encerrando seu inquérito.

"Deve ter relação com outras pessoas que ele acredita estarem envolvidas na conspiração ou conluio geral que ele está encarregado de investigar", disse Weinstein. "Se ele estivesse quase terminando não haveria virtualmente nada sendo editado".

Flynn, que ocupou o cargo na Casa Branca só durante 24 dias, se declarou culpado em dezembro de 2017 de ter mentido ao FBI sobre seus contatos com a Rússia. Ele receberá uma pena do Tribunal do Distrito de Columbia no dia 18 de dezembro.

Até o momento ele é a única pessoal com passagem pelo governo Trump a assumir a culpa de um crime revelado pela investigação abrangente de Mueller sobre as tentativas russas de influenciar a eleição norte-americana de 2016 e um possível conluio de assessores de Trump.

O inquérito de Mueller, que pode ameaçar a presidência Trump, já implicou 32 indivíduos e três empresas russas. Ele deve emitir um relatório sobre suas conclusões possivelmente em algum momento do ano que vem.

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