Trump vence na Pensilvânia e leva 26 estados; Harris lidera em 17
Projeções indicam que republicano já tem 267 dos 270 delegados necessários para voltar à Casa Branca; democrata soma 214. Ex-presidente lidera apuração em estados-pêndulo.Os EUA foram às urnas nesta terça-feira (05/11) para decidir quem vai comandar a maior potência econômica e militar do mundo.
A disputa é acirrada. De um lado está a atual vice-presidente e democrata Kamala Harris, que pode ser a primeira mulher a ocupar a Casa Branca; do outro, o ex-presidente republicano Donald Trump, que tenta voltar ao cargo quase quatro anos após deixar Washington em desgraça, na esteira de uma tentativa de golpe.
Não há previsão de quando os resultados serão conhecidos. No sistema indireto dos EUA, vence quem obtiver ao menos 270 votos no Colégio Eleitoral.
Com as urnas já fechadas em todo o país, a agência de notícias Associated Press projeta vitória do republicano Donald Trump em 25 estados, que assegurariam a ele 267 votos no Colégio Eleitoral. Já Harris teria 16 estados mais o distrito federal, que juntos somam 214 delegados. O republicano lidera em três estados-chave.
Além do comando da Casa Branca, também estão em disputa nesta terça os 435 assentos da Câmara de Representantes e 34 vagas no Senado.
Trump vence em três estados-pêndulo e lidera apuração em outros 4
O ex-presidente Donald Trump lidera a votação na maioria dos estados considerado fundamentais para definir a eleição dos EUA. Segundo a agência de notícias Associated Press a vitória do republicano já é certa na Carolina do Norte, na Geórgia e na Pensilvânia.
Ele também lidera a apuração dos votos em Nevada, Michigan, Arizona e Wisconsin. Juntos, estes estados somam 42 votos para o colégio eleitoral. No momento, Trump precisa de apenas 3 novos delegados para ser eleito.
Em Nevada, que soma seis delegados, as previsões ainda devem demorar porque eleitores seguiam na fila para votar depois do fechamento das sessões eleitorais. Mesmo antes do resultado, eleitores do ex-presidente já comemoram as projeções.
O resultado da Geórgia, porém, foi especialmente definidor para o desânimo dos democratas. O estado foi o primeiro a mudar de partido nesta eleição em comparação com o pleito de 2020. Naquele ano, Joe Biden levou a maioria dos votos, o que foi decisivo para ele chegar à Casa Branca.
ra/gq (AP, ots)
Trump vence na Pensilvânia e chega a 26 estados; Harris lidera em 17
A agência de notícias Associated Press (AP) projeta vitória do republicano Donald Trump em 26 estados dos 50 estados americanos. Esse cenário asseguraria a ele o voto de 267 delegados no Colégio Eleitoral, faltando apenas 3 para ser eleito presidente.
Já a vitória da democrata Kamala Harris é dada como certa em 17 estados e no distrito federal, que somam juntos 214 delegados no Colégio Eleitoral.
Para chegar à Casa Branca, um candidato precisa assegurar os votos de ao menos 270 delegados.
Os estados onde Trump lidera são: Texas (40 delegados), Flórida (30), Ohio (17), Indiana (11), Tennessee (11), Missouri (10), Alabama (9), Carolina do Sul (9), Kentucky (8), Louisiana (8), Oklahoma (7), Arkansas (6), Iowa (6) Kansas (6), Mississippi (6), Utah (6), Idaho (4), Montana (4), Virgínia Ocidental (4), Wyoming (3), Dakota do Sul (3), New Hampshire (4), Dakota do Norte (3), além dos três estados-pêndulo: Geórgia (16 delegados), Carolina do Norte (16) e Pensilvânia (19).
No Maine, que divide seus delegados por distritos, o republicano levou um voto para o colégio eleitoral. Em Nebraska, que segue o mesmo modelo, o ex-presidente tem quatro dos cinco delegados.
Os estados onde Harris lidera são: California (54), Nova York (28), Illinois (19), Nova Jersey (14), Virginia (13), Washington (12), Massachussetts (11), Colorado (10), Maryland (10), Oregon (8), Connecticut (7), Novo México (5), Havaí (4), Rhode Island (4), Delaware (3) e Vermont (3), além do Distrito de Columbia (3). No Maine, a democrata também deve levar um dos quatro delegados. Em Nebraska, Harris tem um dos cinco delegados.
Apesar de Trump até agora ter bem mais delegados que Harris, em termos de votos absolutos a distância entre os dois candidatos é menor.
Segundo projeção da AP, o republicano tem 68,1 milhões de votos (51,2%), enquanto a democrata soma 63,2 milhões de votos (47,4%).
Embora os resultados de alguns estados sejam conhecidos ainda no dia da eleição, outros estados podem levar dias ou semanas para anunciar seus resultados.
A DW se baseia nos resultados anunciados pela Associated Press. A agência divulga os resultados das eleições desde 1848.
Entenda por que é comum veículos de imprensa anunciarem os resultados da eleição antes mesmo de a apuração ser encerrada.
ra/gq (DW)
Acompanhe a apuração no mapa abaixo
Votação já está encerrada em todo o país
A votação já foi encerrada em todos os 50 estados americanos.
As urnas foram completamente fechadas às 3h da manhã desta quarta-feira (06/11), horário de Brasília, o último estado a votar, por virtude do fuso horário, foi o Alasca.
Em Nevada, um estado crucial que pode definir a eleição, as seções eleitorais fecharam três horas depois do previsto, pois muitos eleitores tiveram que esperar na fila para votar. Com isso, o resultado da disputa não devem ser conhecidos tão cedo, porque as autoridades americanas não podem divulgar dados até que a última pessoa tenha depositado seu voto na urna.
ra/gq (AP, ots)
Partido Republicano conquista maioria no Senado
O Partido Republicano, de Donald Trump, reassumiu o controle do Senado pela primeira vez em quatro anos, indicam projeções.
Segundo a agência de notícias Associated Press, os republicanos terão ao menos 51 das 100 cadeiras na Casa.
O número pode aumentar à medida em que a apuração avança.
O avanço dos republicanos deixa o partido no controle de um importante centro de poder em Washington.
Cabe também ao Senado confirmar o próximo presidente eleito, além de indicar ministros da Suprema Corte.
ra (AP)
Como os estados-pêndulo definirão a eleição americana?
Pesquisa ABC/538 realizada nesta segunda-feira (04/11), véspera de eleição, aponta que a corrida eleitoral está embolada em quatro estados: Pensilvânia, com 19 delegados no Colégio Eleitoral; Michigan, com 15; Wisconsin, com 10; e Nevada, com 6.
Com um total de 50 votos ainda incertos, esses estados provavelmente vão determinar quem será o novo presidente dos Estados Unidos - se Donald Trump ou Kamala Harris.
No sistema americano, os cidadãos não votam diretamente em seu líder, mas escolhem os 538 membros do Colégio Eleitoral. É ele quem de fato elege o presidente e o vice-presidente, que precisam ter os votos de ao menos 270 delegados.
Em quase todos os estados, o candidato mais votado pela população leva todos os delegados consigo.
A exceção são Maine e Nebraska, onde o voto majoritário não determina o voto de todos os delegados do estado. Lá, eles podem ser divididos conforme o resultado dos distritos.
ra (DW)
Google diz que corrigirá bug em buscas sobre onde votar
O Google afirmou que corrigirá um bug em seu buscador.
Internautas conservadores e o bilionário Elon Musk reclamam que o Google reage a buscas de "onde posso votar em Harris" com um mapa indicando locais de votação, mas que o mesmo não ocorre quando os usuários buscam por "onde posso votar em Trump".
O Google afirma que isso ocorre porque Harris também é o nome de um condado no Texas.
"O painel 'onde votar' está sendo exibido em algumas buscas específicas porque Harris também é o nome de um condado no Texas", disse a plataforma em comunicado postado na rede social X. "Acontece com 'Vance' também porque também é o nome de um condado. Estamos corrigindo o problema", ressaltou a empresa, acrescentando que "pouquíssimas pessoas de fato buscam por lugares de votação dessa forma".
O caso alimentou teorias da conspiração. O ex-presidente e candidato republicano Donald Trump chegou a afirmar no passado que o Google "manipulou" milhões de votos em benefício de Hillary Clinton, sua adversária na eleição de 2016.
ra (DW)
Flórida e New Hampshire podem dar pistas sobre resultado nacional, afirma analista à DW
Os estados da Flórida e de New Hampshire podem dar pistas sobre qual será o resultado nacional da eleição americana, afirmou à DW Walter Olsen, pesquisador sênior no think tank Cato Institute, com sede em Washington.
Os resultados nesses dois estados devem sair mais cedo. Na Flórida, a tendência é de vitória de Donald Trump; já New Hampshire tende a dar maioria a Kamala Harris.
Segundo Olsen, se um dos dois não performarem como esperado nesses dois estados, "então um deles vai ter muito com o que se preocupar".
"A Flórida, além disso, é um estado com muitos eleitores latinos, e os democratas esperam que mudanças no voto hispânico nas últimas semanas possam colocá-los na liderança - não necessariamente na Flórida, mas em estados [decisivos] como a Pensilvânia", afirmou Olsen.
Em um comício na reta final da campanha, um apoiador de Trump se referiu a Porto Rico - território americano - como "ilha de lixo". A retórica, considerada racista, pode custar ao republicano alguns votos da comunidade latina, que reúne 36 milhões de eleitores, ou 15% do eleitorado americano.
ra (DW, AP)
O que é e como funciona o Colégio Eleitoral dos EUA
À primeira vista pode parecer impossível entender o Colégio Eleitoral dos EUA, o sistema proporcional que determina o vencedor da eleição presidencial dos EUA.
Quando os eleitores dos EUA participam da eleição presidencial, estão votando nos delegados do candidato. Na maioria dos estados, se um candidato vence a votação geral da população, ele recebe todos os delegados desse estado. Se Kamala Harris ganhar a maioria dos votos na Califórnia, por exemplo, ela ficará com todos os 54 delegados.
Maine e Nebraska são os únicos estados que não concedem todos os delegados a um único candidato com base no voto majoritário: lá eles podem ser divididos entre os candidatos, com base na votação da população.
Embora não exista uma lei constitucional que exija que os delegados votem no candidato que receber o voto majoritário em seu estado, é extremamente raro um voto contra a vontade do eleitorado. Na história dos EUA, mais de 99% dos eleitores votaram como prometido.
Leia mais
Ameaças de bomba e falhas de software entre os problemas
O FBI, a polícia federal americana, alertou sobre ameaças de bomba em seções eleitorais dos Estados Unidos, que, segundo a agência, eram originárias de "domínios de e-mail russos".
As ameaças de bomba ocorreram em "vários" estados americanos, interrompendo o processo de votação em pelo menos duas seções eleitorais no estado da Geórgia.
"O FBI está ciente das ameaças de bomba a locais de votação em vários estados, muitas das quais parecem ter origem em domínios de e-mail russos", disse a porta-voz Savannah Syms em um comunicado.
"Nenhuma das ameaças foi considerada crível até o momento", afirmou ela, mas mesmo assim pediu ao público que "permaneça vigilante".
O responsável local pelas eleições, o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, anunciou que as ameaças eram falsas e que eram obra de um "ator estrangeiro", ou seja, a Rússia.
Raffensperger acrescentou em uma coletiva de imprensa que as ameaças tinham a intenção de "desestabilizar" os Estados Unidos.
"O FBI está trabalhando em estreita colaboração com as forças policiais estaduais e locais para responder às ameaças eleitorais e proteger nossas comunidades enquanto os americanos exercem seu direito de voto", disse o FBI.
Apesar das ameaças, até o meio-dia, mais de meio milhão de pessoas haviam votado pessoalmente na Geórgia.
Em outro estado importante, a Pensilvânia, problemas de software com máquinas de leitura de cédulas forçaram um juiz a estender a votação em um condado por duas horas.
O Departamento de Estado da Pensilvânia reconheceu em um comunicado os problemas no Condado de Cambria e acrescentou que "todas as cédulas preenchidas serão aceitas, colocadas em um local seguro e contadas pelo Conselho Eleitoral".
Também na Pensilvânia, as autoridades disseram que estão investigando centenas de casos de suposta fraude no registro de eleitores em seis condados.
A Pensilvânia, que está enviando 19 delegados do Colégio Eleitoral, é considerada o estado-chave nessa eleição.
Enquanto isso, no estado de Nova York, um homem foi preso na cidade de Fowler, quando ameaçou a equipe de um colégio eleitoral com a queima do prédio depois de ser informado de que não poderia votar porque não estava registrado.
O FBI também alertou na terça-feira que pelo menos dois vídeos estavam circulando nas mídias sociais usando o nome e o crachá da organização para divulgar informações falsas sobre a eleição presidencial.
Investigadores independentes disseram que os vídeos provavelmente foram criados por um grupo russo.
md (EFE, AP, Reuters)
Estado decisivo, Geórgia bateu recorde em votação antecipada
Nestas eleições, os holofotes estão voltados para a Geórgia, estado decisivo, onde mais de 50% dos eleitores votaram antecipadamente e onde a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump estão praticamente empatados.
Devido ao alto comparecimento dos eleitores antecipados, as autoridades eleitorais locais estimam que, quando as urnas fecharem, 70% das cédulas estarão prontas para serem contabilizadas.
Cerca de 3,8 milhões de pessoas votaram antecipadamente e outras 265 mil votaram pelo correio, representando quase 56% dos inéditos 7,2 milhões de "eleitores ativos" do estado da Geórgia, de acordo com as autoridades eleitorais locais.
As urnas permitirão que outros 3 milhões de eleitores votem nesta terça-feira (05/11). As autoridades eleitorais reiteram que a votação será segura e transparente, algo que eles insistem depois que Trump alegou fraude eleitoral em 2020.
Com 16 delegados do Colégio Eleitoral, a Geórgia é um dos sete estados decisivos, junto com Nevada, Arizona, Wisconsin, Michigan, Pensilvânia e Carolina do Norte, que são considerados cruciais para as aspirações de ambos os candidatos de chegar à Casa Branca.
md (EFE, AP)
Nos EUA, nem sempre o mais votado leva a Presidência
O sistema de votação indireto e papel do Colégio Eleitoral nos EUA abrem possibilidade para que "derrotado" no voto popular ainda consiga chegar à Casa Branca.
Mais de 200 milhões de eleitores americanos estão aptos a votar nesta eleição. Porém, ao contrário do Brasil, no processo eleitoral americano não basta - ou nem é mesmo necessário - um candidato conquistar a maioria dos eleitores para conquistar a Presidência.
Em cinco das 59 eleições anteriores da história do país o candidato "derrotado" na eleição geral acabou chegando à Casa Branca sem conquistar a maioria do eleitorado.
Leia mais sobre as cinco vezes em que isso já aconteceu
Trump vota na Flórida e diz que seus apoiadores não são violentos
O ex-presidente e candidato republicano, Donald Trump, foi votar em Palm Beach, Flórida, ao lado de sua esposa, Melania, em um colégio perto de sua residência de Mar-a-Lago.
Ele afirmou aos repórteres que está "muito honrado" ao descobrir que as filas são longas.
"Parece que os conservadores estão votando com muita força", disse Trump. "Parece que os republicanos apareceram em peso", acrescentou.
Quando um repórter perguntou se ele tinha algum arrependimento sobre sua campanha, Trump respondeu: "Não me lembro de nenhum",
"Fiz uma ótima campanha. Acho que talvez tenha sido a melhor das três. Fomos muito bem na primeira. Fomos muito melhor na segunda, mas algo aconteceu. Eu diria que esta é a melhor campanha que já fizemos", disse.
Quando lhe perguntaram se ele pediria a seus apoiadores que não se envolvessem em violência, Trump disse: "Não preciso dizer a eles que não haverá violência", acrescentando que seus apoiadores "não são pessoas violentas".
md (AP, AFP, Reuters)
Como a eleição dos EUA impacta a América Latina?
A eleição presidencial dos EUA, marcada para 5 de novembro deste ano, acontece em meio a um aumento da instabilidade política na América Latina.
No Brasil e na Colômbia, as eleições de Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro mudaram os grupos políticos no poder. O México também tem uma nova presidente, Claudia Sheinbaum, e a Argentina luta contra uma crise econômica e social sob o governo de Javier Milei. Na Venezuela, a contestada eleição de Nicolás Maduro gerou uma nova crise de representação no país, que se estende também, em menor nível, ao Peru.
Estes países possuem laços profundos com os EUA — país também marcado pela crescente polarização política. Seja por aproximação ou oposição, a América Latina é diretamente impactada pelas políticas americanas de comércio, migração e segurança. Por isso, o resultado da eleição americana, disputada entre o ex-presidente Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris, pode levar os EUA a direções opostas em suas políticas para a região.
Leia mais
Biden tem agenda discreta em dia de eleição
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mantém uma agenda discreta nesta terça-feira (05/11), enquanto a população americana decide se ele será sucedido na Casa Branca pela vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, ou pelo ex-presidente republicano Donald Trump.
Sua agenda para o dia, de acordo com o programa divulgado pela Casa Branca, inclui apenas um resumo do dia às 13h30 locais, e a porta-voz presidencial, Karine Jean-Pierre, não está programada para dar uma entrevista coletiva.
O líder democrata desistiu de sua candidatura à reeleição em julho passado, pressionado por críticas sobre seu fraco desempenho em um debate contra Trump.
Em sua conta na rede social X, na terça-feira, ele incentivou os eleitores a votarem: "Vamos fazer história elegendo Kamala Harris".
Sua última aparição pública foi no sábado, em sua cidade natal, Scranton, no estado-chave da Pensilvânia, onde realizou uma reunião com sindicatos.
No mesmo estado, Harris encerrou sua campanha na segunda-feira com um comício na Filadélfia, onde foi acompanhada por artistas como Lady Gaga e Ricky Martin.
md (EFE, ots)