Protestos pelo país reclamam de alta dos preços e pedem impeachment de Bolsonaro
Manifestantes se reuniram neste sábado em protestos em diferentes capitais do Brasil para protestar contra o governo federal e pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
Além de críticas ao governo federal em relação ao enfrentamento à pandemia da Covid-19, dessa vez a inflação e os altos preços os combustíveis também entraram na pauta dos atos.
No Rio de Janeiro, o protesto reuniu centenas de pessoas, com apoio de centrais sindicais e partidos de esquerda, e incluiu um enorme inflável em forma de botijão de gás que trazia a inscrição: "Tá caro? A culpa é do Bolsonaro".
Manifestantes também se juntavam nesta tarde na Avenida Paulista, região central da capital de São Paulo, liderados por partidos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais.
Convocados para dar uma resposta às manifestações a favor de Bolsonaro no dia 7 de setembro, os atos contrários ao presidente reuniram partidos de centro-esquerda, centrais sindicais e movimentos sociais, entre eles MST, MTST, e as frentes Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular e a Frente Fora Bolsonaro, na tentativa de mostrar união e fazer número.
De acordo com os organizadores, os atos foram convocados para mais de 200 cidades pelo país, com destaque para a Avenida Paulista, com a presença de lideranças políticas. Segundo levantamento do portal de notícias G1, foram registrados atos contra Bolsonaro neste sábado em 60 cidades de 20 Estados do país.
Principal nome da oposição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi ao ato. Segundo uma fonte, Lula condicionou sua presença a de presidenciáveis de outros partidos, mas apenas Ciro Gomes esteve no protesto no Rio e deve estar também na manifestação em São Paulo, segundo a mídia local.
Houve uma tentativa de construir um palanque amplo unindo Lula, outros presidenciáveis e nomes de peso como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas o recuo de Bolsonaro nas ameaças golpistas, com a carta elaborada em conjunto com o ex-presidente Michel Temer, esfriou os ímpetos pelo impeachment em um primeiro momento, por partidos de centro como PSDB e PSD.