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PT veta apoio a Lira na disputa pela presidência da Câmara

Presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann fala em lançar candidatura alternativa

17 dez 2020 - 09h16
(atualizado às 10h05)
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A bancada do PT decidiu na noite desta quarta-feira, 16, que não vai apoiar o bloco liderado por Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente Jair Bolsonaro, na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. O partido, que tem a maior bancada da Casa, vai intensificar conversas com as demais siglas de oposição para lançar um nome na disputa. O movimento atrapalha os planos do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de montar um grande bloco de oposição a Lira. Com 133 parlamentares, a oposição tem sido considerada fiel da balança da eleição marcada para 1º de fevereiro de 2021.

Senadora Gleisi Hoffmann
13/08/2018
REUTERS/Paulo Whitaker
Senadora Gleisi Hoffmann 13/08/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

"O PT não comporá bloco para a mesa da Câmara com candidatura apoiada por Bolsonaro. Junto com a oposição construirá alternativa de bloco em defesa da democracia e uma candidatura que represente e debata um programa e uma agenda para derrotar Bolsonaro e tirar o país da crise", publicou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann em suas redes sociais.

Segundo fontes do partido, a decisão não fecha a porta para uma composição futura com o bloco liderado por Maia, que ainda não conseguiu consenso para lançar um nome. O preferido do atual presidente, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), enfrenta dificuldades por não ter nem sequer o apoio de seu partido, fechado com Lira.

A conversa com os demais partidos de oposição está sendo conduzida pelos presidentes das legendas. Caso não consiga viabilizar a unidade da esquerda, setores do PT defendem que estes partidos apresentem, em bloco, um nome para o grupo de Maia. Siglas como PDT e PC do B já têm acenado em direção a Maia.

O objetivo é apresentar uma pauta mínima que garanta compromissos com o respeito ao critério da proporcionalidade na escolha dos cargos na mesa diretora e nas comissões, impeça retrocessos nas áreas dos direitos civis e políticos, barre a privatização de estatais como Petrobrás, Eletrobrás e Correios e a ainda a autonomia do Banco Central.

"Decisão da bancada do PT: o PT não comporá bloco com candidato apoiado por Bolsonaro. Buscará apresentar uma candidatura em diálogo com os demais partidos de oposição. Apresentará uma pauta que tire o país do retrocesso que Bolsonaro está nos levando", escreveu o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Com a decisão de ontem, o PT tenta impedir o crescimento da ala que defendia apoio à candidatura de Arthur Lira. O partido conta com 54 deputados - um a mais que o PSL. Ao menos um dos partidos da oposição, no entanto, o PSOL, também fala em lançar candidatura própria.

Estadão
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