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Quais são as capitais menos desiguais do Brasil? E as que têm maior desigualdade?

Com base em 40 indicadores sociais, entidade classificou as cidades em ranking inédito

26 mar 2024 - 11h19
(atualizado às 11h24)
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A cidade de São Paulo (foto) é a 5ª colocada do ranking, liderado por Curitiba
A cidade de São Paulo (foto) é a 5ª colocada do ranking, liderado por Curitiba
Foto: Felipe Rau/Estadão

Uma pesquisa lançada nesta terça-feira, 26, compara as 26 capitais estaduais brasileiras conforme 40 indicadores sociais, que contemplam áreas como educação, saúde, violência, assistência social, meio ambiente e direitos humanos. O trabalho, chamado Mapa da Desigualdade entre as Capitais do Brasil, foi produzido pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) e inspirado no Mapa da Desigualdade de São Paulo, publicado há mais de dez anos pelo ICS e pela Rede Nossa São Paulo.

O Mapa criou um ranking geral, atribuindo notas de 1 a 26 a cada capital e a cada quesito (porque são 26 cidades), sendo 26 para a melhor colocada e 1 para a última.

Somando as notas de todos os quesitos para cada município, e comparando a nota final de cada um deles, Curitiba foi a melhor colocada, com 677 pontos (em 1.040 possíveis) e Porto Velho foi a pior, com 373 pontos. São Paulo é a quinta melhor, com 594 pontos, e o Rio de Janeiro é a 11ª, com 548.

“Olhar o mapa do Brasil pontuado por suas capitais, a partir de dados e indicadores socioeconômicos, é uma forma de entender melhor por que vivemos em um dos países mais desiguais do mundo. É também ampliar o conhecimento sobre o território nacional e dar um sentido mais tangível para a distância que separa ricos e pobres, mulheres e homens, negros e não negros. É um exercício muitas vezes incômodo e sempre necessário”, diz o texto da pesquisa, em sua introdução.

“Ao levantar e comparar dados e indicadores de 26 capitais do país, esta publicação traz um recorte da desigualdade que distancia os locais menos providos de serviços e infraestrutura daqueles que oferecem condições básicas para uma vida digna e decente”, segue a apresentação.

No indicador “população atendida por esgoto sanitário”, por exemplo, São Paulo é a melhor colocada, com 100%, e Porto Velho a última, com 5,8%.

Em “domicílios em favelas”, Campo Grande é a melhor, com 1,4% (de todos os domicílios do município, só 1,4% fica em favela), e Belém a pior, com 55% (mais da metade das casas da cidade ficam em favelas).

Já a proporção de pessoas sem instrução e com o ensino fundamental incompleto ou equivalente é de 13,7% em Florianópolis (melhor capital nesse quesito) e de 30,8% em Maceió (pior capital nesse quesito).

A idade média ao morrer é de 72 anos em Belo Horizonte e Porto Alegre (o melhor resultado) e de 57 anos em Boa Vista.

A proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza é de apenas 1% em Florianópolis e de 11% em Salvador. A mortalidade infantil é de 6,1 a cada mil nascidos vivos em Florianópolis e de 20,373 nessa mesma proporção em Macapá.

O lançamento dessa pesquisa vai ocorrer a partir das 14h desta terça-feira, no Sesc Vila Mariana, em evento organizado pelo Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, que reúne várias entidades.

Veja a lista completa das capitais (ranking da menos desigual para a mais desigual):

1. Curitiba

2. Florianópolis

3. Belo Horizonte

4. Palmas

5. São Paulo

6. Vitória

7. Cuiabá

8. Porto Alegre

9. Goiânia

10. Campo Grande

11. Rio De Janeiro

12. Natal

13. Boa Vista

14. Teresina

15. Aracaju

16. João Pessoa

17. Salvador

18. Macapá

19. São Luís

20. Fortaleza

21. Maceió

22. Rio Branco

23. Manaus

24. Belém

25. Recife

26. Porto Velho

Estadão
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