Quais são as dez cidades mais violentas do Brasil?
Uma pesquisa, realizada pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, reuniu os dados de violência nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública disponibilizou uma pesquisa sobre a violência nas cidades brasileiras. Santana, município localizado no Amapá, ganhou destaque negativo ao subir de forma expressiva no ranking e ser a mais perigosa do país.
Em 2022, Santana figurava na 31ª posição, mas em apenas um ano, teve um aumento de 88,2% na taxa de Mortes Violentas Intencionais (MVI), indo para 92,9 mortes por 100 mil habitantes. Este crescimento elevou Santana para a liderança no ranking, ultrapassando cidades baianas, que antes lideravam as estatísticas.
No último ano, a cidade experimentou um crescimento dramático na sua taxa de violência letal. Especialistas apontam algumas possíveis razões para esse aumento acentuado, incluindo conflitos locais, tráfico de drogas, e questões socioeconômicas exacerbadas. Outro fator pode ser o aumento das intervenções policiais, que nem sempre são registradas de maneira precisa.
O índice de Mortes Violentas Intencionais (MVI) é uma métrica usada para medir o nível de violência em áreas específicas. Ele engloba homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais. Este índice é crucial para entender o panorama da violência e direcionar políticas públicas mais eficientes.
Quais são as outras cidades mais violentas do país?
O ranking levou em conta cidades que tem mais de 100 mil habitantes, considerando apenas os dados de mortes violentas intencionais. Os dados foram retirados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública, da Defesa Social, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Das dez cidades, seis delas ficam no estado da Bahia.
Em segundo lugar, logo depois de Santana, vem Camaçari, cidade na Bahia. Em 2023, o município apresentou 90,6 mortes para cada 100 mil habitantes, demonstrando um crescimento de 10,3% em relação a 2022, quando o dado era de 82,1 mortes. O terceiro lugar é de Jequié, também na Bahia, que teve uma queda de 5% no MVI, porém ainda apresentando uma taxa de 84,4 mortes.
Já em quarto, vem Sorriso, no Mato Grosso, que apresentou 77,7 mortes. Este número é resultado de um aumento de 10,2% no MVI, pois em 2022 a taxa era de 70,5. Em quinto lugar está Simões Filho, na Bahia, que regrediu 13,2% em relação a 2022, apresentando agora uma taxa de 75,9 mortes.
Em sexto, está Feira de Santana, na Bahia, que cresceu 8,8% e agora tem taxa de 74,5 mortes por 100 mil habitantes. Logo abaixo, em sétimo, está Juazeiro, também na Bahia, que apresenta 74,4 mortes por 100 mil, o que representa um aumento de 9% em relação a 2022. Em oitavo lugar ficou Maranguape, no Ceará, onde a taxa se elevou em 85,5%, chegando a 74,2 mortes.
Em nono lugar, temos a capital do Amapá, Macapá, que teve crescimento de 1,9% e apresenta taxa de 71,3. Já em décimo e último do ranking, fica Eunápolis, na Bahia, que tem taxa de 70,4 mortes, representando um crescimento de 25% em relação a 2022.
