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Qual foi a reação de Lula ao ouvir sobre plano de assassinato?

19 nov 2024 - 14h17
(atualizado às 17h22)
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A Polícia Federal realizou uma operação de grande repercussão que culminou na prisão de quatro militares e um policial  nesta terça-feira (19). Este grupo é acusado de planejar um atentado contra figuras chave do governo brasileiro, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin. A ação faz parte de uma investigação mais ampla que apura possíveis tentativas de golpe após as eleições de 2022.

Lula foi informado de plano de assassinato por diretor
Lula foi informado de plano de assassinato por diretor
Foto: geral da PF - depositphotos.com / thenews2.com / Perfil Brasil

A operação foi batizada de "kids pretos" e mirou membros das Forças Especiais acusados de ações subversivas. Ao todo, foram expedidas cinco ordens de prisão preventiva, além de medidas restritivas adicionais que incluem a proibição de comunicação entre os investigados e a entrega de passaportes. As revelações feitas durante as investigações trouxeram à tona um documento que sugere a formação de um "gabinete de crise" caso o plano fosse bem-sucedido.

Qual foi a reação de Lula às revelações da investigação?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado do plano e das prisões pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues. A resposta de Lula foi marcada por surpresa e indignação. Além do presidente, o vice-presidente Geraldo Alckmin também foi comunicado sobre os desdobramentos da operação. A ameaça foi considerada grave, envolvendo não apenas o presidente, mas também o vice-presidente e o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Comuniquei ao presidente, por volta das 6h30, após o cumprimento das medidas, dada a gravidade dos fatos e as ameaças à sua vida e ao vice-presidente. Também comuniquei ao Alckmin. Reação do presidente foi de surpresa e indignação", informou o diretor-geral.

Investigação sobre os "Kids Pretos": quais são os detalhes?

Os "kids pretos" são assim denominados os militares que supostamente participavam de um complô para desestabilizar o governo. As investigações da Polícia Federal revelaram que o grupo planejava instaurar um "gabinete de crise" caso o atentado contra o presidente fosse bem-sucedido. Documentos apreendidos indicam que o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e o ex-ministro do GSI, Augusto Heleno, estariam no encargo desse gabinete.

Esses documentos, relacionados a Mário Fernandes, ex-secretário-executivo do governo Bolsonaro, delineiam a estrutura pretendida para o gabinete e sua finalidade. Registros mostram que o documento teve sua última modificação em dezembro de 2022, sugerindo que os planos estavam em fases avançadas de elaboração.

Quais medidas foram tomadas pela Polícia Federal?

Para abordar as ameaças identificadas, a Polícia Federal cumpriu diversas ordens judiciais, incluindo a prisão preventiva dos supostos envolvidos e a suspensão do exercício de funções públicas pelos investigados. A operação é parte de um esforço contínuo para assegurar a estabilidade e proteção das instituições democráticas no Brasil. A entrega de passaportes e o impedimento de comunicação entre os suspeitos visam evitar qualquer tentativa de fuga ou obstrução da justiça.

Perfil Brasil
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