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Qualidade do ar em níveis críticos no Norte e Centro-Oeste

Cidades da região registram qualidade do ar perigosa, muito acima dos limites da OMS.

7 ago 2024 - 10h28
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Em dados analisados sobre a qualidade do ar em várias cidades do Brasil, especialmente na região Norte e Centro-Oeste. As medições de material particulado fino (MP2,5) revelam níveis muito acima das diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), indicando uma situação de emergência para a saúde pública.

Dados de Qualidade do Ar

As seguintes medições foram realizadas na manhã de hoje:

  • Humaitá, Amazonas: 263.1 µg/m³
  • Porto Velho, Rondônia: 82.6 µg/m³
  • Cacoal, Rondônia: 35.8 µg/m³
  • Santo Antônio do Leverger, Cuiabá, Mato Grosso: 37.6 µg/m³

Além dessa áreas a faixa oeste do estado do Mato Grosso do Sul está com a qualidade do ar prejudicada, em níveis prejudiciais, mas as cidades da região não possem estação de medição da qualidade do ar.  Para se ter uma ideia da gravidade da situação, a OMS estabelece que o limite de segurança para o material particulado fino (MP2,5) é de 15 µg/m³ em um período de 24 horas e 5 µg/m³ para o período anual.

Foto: Climatempo

Figura 1- Qualidade do ar ruim em amplas áreas do Brasill nesta quarta-feira: Fonte: IQAir

Good: Bom

Moderate: Moderado

Unhealthy for sensitive groups: Prejudicial para grupos sensíveis

Unhealthy: Prejudicial

Very unhealthy: Muito prejudicial

Hazardous: Perigoso

Comparação com as diretrizes da OMS

Humaitá, Amazonas: Com um nível de 263.1 µg/m³, a concentração de MP2,5 é aproximadamente 17.5 vezes maior que o limite recomendado pela OMS para um período de 24 horas. Esse valor representa uma condição extremamente perigosa para a saúde.

Porto Velho, Rondônia: Apresenta uma concentração de 82.6 µg/m³, que é cerca de 5.5 vezes acima do limite de 24 horas da OMS, indicando uma qualidade do ar muito ruim.

Cacoal, Rondônia: Com 35.8 µg/m³, a concentração de MP2,5 é aproximadamente 2.4 vezes maior que o limite recomendado, evidenciando uma situação preocupante.

Santo Antônio do Leverger, Cuiabá, Mato Grosso: Com 37.6 µg/m³, a concentração é 2.5 vezes superior ao limite da OMS, também indicando uma qualidade do ar ruim.

Impactos na saúde

O material particulado fino (MP2,5) é especialmente preocupante devido ao seu tamanho reduzido, que permite que essas partículas penetrem profundamente nos pulmões e entrem na corrente sanguínea. Exposições prolongadas ou a altos níveis de MP2,5 estão associadas a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças respiratórias e cardiovasculares, câncer de pulmão, e impactos no desenvolvimento infantil.

Medidas urgentes necessárias

Diante desses dados alarmantes, é imperativo que medidas urgentes sejam tomadas para controlar as fontes de poluição. A redução das emissões de veículos, controle de queimadas, e o monitoramento constante da qualidade do ar são ações essenciais para proteger a saúde pública. Além disso, é fundamental que a população seja informada sobre os riscos e orientada sobre medidas de proteção, como evitar atividades ao ar livre durante os períodos de alta poluição e utilizar máscaras adequadas quando necessário. Os níveis de MP2,5 medidos em várias cidades do Norte e Centro-Oeste do Brasil estão muito acima dos limites seguros estabelecidos pela OMS, representando um risco significativo para a saúde pública..

Climatempo
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