Qualidade do ar em níveis críticos no Norte e Centro-Oeste
Cidades da região registram qualidade do ar perigosa, muito acima dos limites da OMS.
Em dados analisados sobre a qualidade do ar em várias cidades do Brasil, especialmente na região Norte e Centro-Oeste. As medições de material particulado fino (MP2,5) revelam níveis muito acima das diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), indicando uma situação de emergência para a saúde pública.
Dados de Qualidade do Ar
As seguintes medições foram realizadas na manhã de hoje:
- Humaitá, Amazonas: 263.1 µg/m³
- Porto Velho, Rondônia: 82.6 µg/m³
- Cacoal, Rondônia: 35.8 µg/m³
- Santo Antônio do Leverger, Cuiabá, Mato Grosso: 37.6 µg/m³
Além dessa áreas a faixa oeste do estado do Mato Grosso do Sul está com a qualidade do ar prejudicada, em níveis prejudiciais, mas as cidades da região não possem estação de medição da qualidade do ar. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, a OMS estabelece que o limite de segurança para o material particulado fino (MP2,5) é de 15 µg/m³ em um período de 24 horas e 5 µg/m³ para o período anual.
Figura 1- Qualidade do ar ruim em amplas áreas do Brasill nesta quarta-feira: Fonte: IQAir
Good: Bom
Moderate: Moderado
Unhealthy for sensitive groups: Prejudicial para grupos sensíveis
Unhealthy: Prejudicial
Very unhealthy: Muito prejudicial
Hazardous: Perigoso
Comparação com as diretrizes da OMS
Humaitá, Amazonas: Com um nível de 263.1 µg/m³, a concentração de MP2,5 é aproximadamente 17.5 vezes maior que o limite recomendado pela OMS para um período de 24 horas. Esse valor representa uma condição extremamente perigosa para a saúde.
Porto Velho, Rondônia: Apresenta uma concentração de 82.6 µg/m³, que é cerca de 5.5 vezes acima do limite de 24 horas da OMS, indicando uma qualidade do ar muito ruim.
Cacoal, Rondônia: Com 35.8 µg/m³, a concentração de MP2,5 é aproximadamente 2.4 vezes maior que o limite recomendado, evidenciando uma situação preocupante.
Santo Antônio do Leverger, Cuiabá, Mato Grosso: Com 37.6 µg/m³, a concentração é 2.5 vezes superior ao limite da OMS, também indicando uma qualidade do ar ruim.
Impactos na saúde
O material particulado fino (MP2,5) é especialmente preocupante devido ao seu tamanho reduzido, que permite que essas partículas penetrem profundamente nos pulmões e entrem na corrente sanguínea. Exposições prolongadas ou a altos níveis de MP2,5 estão associadas a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças respiratórias e cardiovasculares, câncer de pulmão, e impactos no desenvolvimento infantil.
Medidas urgentes necessárias
Diante desses dados alarmantes, é imperativo que medidas urgentes sejam tomadas para controlar as fontes de poluição. A redução das emissões de veículos, controle de queimadas, e o monitoramento constante da qualidade do ar são ações essenciais para proteger a saúde pública. Além disso, é fundamental que a população seja informada sobre os riscos e orientada sobre medidas de proteção, como evitar atividades ao ar livre durante os períodos de alta poluição e utilizar máscaras adequadas quando necessário. Os níveis de MP2,5 medidos em várias cidades do Norte e Centro-Oeste do Brasil estão muito acima dos limites seguros estabelecidos pela OMS, representando um risco significativo para a saúde pública..