Queda, afinamento e aparecimento de falhas no couro cabeludo: o que causam essas queixas comuns entre mulheres?
Dermatologistas destacam a importância da consulta médica para diagnóstico correto e tratamento eficaz
Em um cenário cada vez maior de excesso de informações nas redes sociais, compreender as causas e saber os tratamentos assertivos para a queda de cabelo em mulheres é um cuidado fundamental. Segundo a médica da SBD-RS, Mônica Berg, os principais motivos que levam os pacientes a consultarem sobre seus cabelos são a queda, o afinamento e o aparecimento de falhas no couro cabeludo, sendo essencial diferenciar essas condições de alopecia.
"A queda de cabelo, além de ser associada a problemas no couro cabeludo e nos fios, frequentemente ocorre temporariamente devido ao momento de vida do paciente. Assim, ao examinar o indivíduo, é muito importante que seja feito tanto o exame físico quanto a anamnese, em que há o diálogo com o paciente, entendendo todo seu funcionamento e se está passando por momentos de estresse, ou se recentemente estava com alguma doença, visto que são fatores que influenciam diretamente na queda de cabelo. Dessa maneira é possível encontrar o tratamento mais adequado para o paciente", afirma Dra. Mônica Berg.
Alopecia significa perda temporária ou definitiva de fios ou cabelos. Três causas comuns são: alopecia androgenética, alopecia areata e eflúvio telógeno. Saber diferenciar entre elas é fundamental para o tratamento.
A alopecia areata consiste no surgimento de áreas do couro cabeludo sem cabelos, geralmente arredondadas, de forma abrupta. É uma doença autoimune que ocorre por fatores genéticos e pode se manifestar em qualquer idade, sendo mais comum em crianças. Já a alopecia androgenética, também conhecida como calvície, apresenta uma evolução lenta e também acontece por fatores genéticos. O eflúvio telógeno consiste em perda abrupta mas transitória de cabelos, de forma difusa no couro cabeludo, geralmente não sendo percebido falhas específicas e melhorando após alguns meses.
Atualmente, é possível encontrar diversos tratamentos para alopecia que prometem cada vez menos efeitos colaterais. É importante atentar-se que os tratamentos são influenciados pela genética, podendo ser mais ou menos eficientes, além de demorarem para produzir resultados. O acompanhamento da evolução pode ser feito por meio de fotos que mostrem ao indivíduo o crescimento gradual do cabelo.
A dermatologista Dra. Nathália Matas Solés Masiero, explica que todos os fios do nosso cabelo passam por três fases: anágena, catágena e telógena. Mas, quando algum fator altera esse ciclo normal, a duração das fases muda e isso causa uma queda maior do que o esperado.
"Em média, é normal que se desprendam do couro cabeludo cerca de 100 a 150 fios por dia. Mas, quando algo desregula esse ciclo, como um momento de forte estresse, por exemplo, muitos fios que deveriam estar crescendo, já passam em seguida para a fase telógena e caem", explica.
Além do estresse, são causas comuns de queda de cabelo: anemia, alterações da tireoide e falta de vitamina D. Portanto, se você perceber que está perdendo mais fios de cabelo por dia do que costumava ser o seu normal, é fundamental procurar um dermatologista para ser feita uma investigação da provável causa e também o correto tratamento.
*Com a informação SBD-RS/Assessoria
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