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Quem é Diego Dirísio, o maior contrabandista de armas da América do Sul

Argentino é suspeito de entregar mais de 43 mil armas para os chefes de facções no Brasil, movimentando mais de R$ 1,2 bilhão

5 dez 2023 - 17h30
(atualizado às 18h04)
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Diego Hernan Dirísio está foragido junto com a sua companheira, a ex-modelo paraguaia Julieta Nardi, que também é investigada pela PF
Diego Hernan Dirísio está foragido junto com a sua companheira, a ex-modelo paraguaia Julieta Nardi, que também é investigada pela PF
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Diego Hernan Dirísio é considerado pela Polícia Federal como o maior contrabandista de armas da América do Sul. O argentino foi alvo Operação Dakovo, deflagrada nesta terça-feira, 5. 

A PF iniciou as investigações sobre o esquema de contrabando de armas em 2020. Em três anos, estima-se que Dirísio tenha vendido mais de 43 mil armas para facções brasileiras, como o Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho, movimentando R$ 1,2 bilhão (US$ 240 milhões).   

O argentino liderava uma "complexa e multimilionária engrenagem de tráfico ilícito de armas de fogo da Europa para a América do Sul" a partir de sua empresa IAS, com sede no Paraguai.  

A operação foi realizada pela PF em parceria com Ministério Público Federal (MPF) e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) e com o Ministério Público do Paraguai. A ação também contou com a participação da  Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições, que é composta pela Homeland Security Investigations (HSI), Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF.

O que se sabe sobre Diego Hernan Dirísio?

  • Diego Hernan Dirísio está foragido junto com a sua companheira, a ex-modelo paraguaia Julieta Nardi, que também é investigada pela PF;
  • O argentino era dono da IAS, empresa com sede em Assunção, onde coordenava a venda e revenda de armas para facções como Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho;
  • Desde o início das investigações, em 2020, estima-se que Dirísio tenha vendido mais de 43 mil armas para facções brasileiras, movimentando R$ 1,2 bilhão (US$ 240 milhões);
  • Durante a investigação, a PF identificou a compra de milhares de pistolas, espingardas, metralhadoras e munições a vários fabricantes europeus (de países como Croácia, Turquia, República Checa e Eslovénia);
  • As armas eram importadas da Europa para o Paraguai, onde eram raspadas e revendidas a grupos de intermediários que atuavam na fronteira do Brasil com Paraguai, para serem revendidas às principais facções criminosos do país como o Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho
  • A operação da PF, chamada de Dakovo, cumpriu 17 mandados de prisões preventivas, além de seis ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em três países --Brasil, Paraguai e Estados Unidos. No Brasil, os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Sorocaba (SP) Praia Grande (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ponta Grossa (PR), Foz do Iguaçu (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte(MG).
Dinheiro e armas apreendidos pela Operação Dakovo, da PF
Dinheiro e armas apreendidos pela Operação Dakovo, da PF
Foto: Divulgação/PF
Fonte: Redação Terra
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