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Redução da Selic traz otimismo para o setor imobiliário, especialistas apontam

De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Mobiliárias (Abrainc), uma menor taxa de juros facilita financiamentos habitacionais, desse modo, aquecendo o mercado

1 fev 2024 - 19h46
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O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou, na última quarta-feira (31) a redução da taxa Selic, os juros básicos do país, de 11,75% para 11,25%. A decisão agradou especialistas envolvidos no mercado imobiliário.

Sede do Banco Central, em Brasília
Sede do Banco Central, em Brasília
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / Perfil Brasil

De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Mobiliárias (Abrainc), uma menor taxa de juros facilita financiamentos habitacionais, desse modo, aquecendo o mercado.

"Essas medidas não beneficiariam apenas o setor imobiliário, tornando os financiamentos habitacionais de médio e alto padrão mais acessíveis, mas também contribuiriam para o progresso econômico e social do Brasil", conclui Luiz França, presidente do órgão.

Em entrevistas ao blog de Miriam Leitão, do Globo, agentes do setor afirmam que menores juros contribuem para uma maior previsibilidade do mercado. Do mesmo modo, com um mercado mais estável, empreendedores incentivam-se para concretizar seus projetos, aumentando a oferta imobiliária.

"Além disso, esse efeito cascata da Selic acaba influenciando na redução de outros índices como o INCC e o IPCA, o que também estimula a compra. Então, com esse cenário, os incorporadores ficam mais seguros em colocar seus projetos na rua porque os interessados na compra do imóvel encontrarão mais facilidade de crédito, estimulando o consumo", diz Victorio Abreu, diretor da desenvolvedora de projetos imobiliários SAAU. Igualmente, para o executivo, imóveis de médio e alto padrão serão os maiores beneficiários.

Ernesto Otero, CEO da startup Lobie, corrobora com a opinião. O empresário, além disso, afirma que taxas menores nos bancos facilitam a diminuição de parcelas, o que beneficia clientes com menores rendas para um imóvel.

Thomaz Assumpção, CEO da consultoria Urban Systems, diz o mesmo. "Então, teoricamente, a taxa de juros deve cair para emprestar dinheiro para as pessoas comprarem seus apartamentos e também para as incorporadoras construírem prédios financiados com o dinheiro dos bancos. E isso não é um ciclo imediato, ele precisa de tempo para acontecer".

Perfil Brasil
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