Script = https://s1.trrsf.com/update-1727287672/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Registro de queimadas em setembro é 30% maior que a média do mês

Em Mato Grosso do Sul, os focos aumentaram 601%, totalizando 11.990 registros em 2024; já no Distrito Federal, o aumento foi de 269%, com 318 focos

5 out 2024 - 07h34
Compartilhar
Exibir comentários

Os dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já colocam 2024 como um dos anos com maior quantidade de focos de queimada na última década. Setembro já contabilizou mais de 80 mil focos, cerca de 30% acima da média histórica, registrada desde 1998 pelo Inpe. Mesmo que os focos de queimadas não excedam as médias históricas nos últimos três meses do ano, 2024 terá o maior número de registros desde 2010, quando o Brasil teve 319.383 focos de queimadas.

Previsão é de que 2024 terá o maior número de focos desde 2010
Previsão é de que 2024 terá o maior número de focos desde 2010
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Perfil Brasil

Os dados indicam que essa média pode ser superada, pois o mês de setembro teve aumento de 311%, passando de 18 mil focos em 2023 para 75 mil em 2024. Este cenário alarmante demanda uma análise cuidadosa sobre as regiões mais afetadas e as possíveis causas desse aumento expressivo de queimadas.

Centro-Oeste puxa altas em 2024

O levantamento do Inpe indica aumento consistente nos focos de queimada em todas as regiões do país em relação a 2023, com destaque para o Centro-Oeste, que teve três unidades com mais aumentos neste ano. Em Mato Grosso do Sul, os focos aumentaram 601%, totalizando 11.990 registros em 2024. Já no Distrito Federal, o aumento foi de 269%, com 318 focos, e em Mato Grosso, os focos subiram 217%, chegando a 45 mil registros, tornando-se o estado com o maior número de focos no país neste ano, ultrapassando o Pará.

Os números de Mato Grosso são ainda mais expressivos em setembro, quando o estado foi responsável por 23,8% dos focos do país, com 19.439 registros. O Pará também teve uma quantidade significativa de queimadas no mês, com 17.297 focos, representando 21,2% de todos os registros.

Quais outras regiões também foram afetadas?

Completam o ranking dos maiores aumentos dois estados do Sudeste: São Paulo e o Rio de Janeiro. São Paulo teve um aumento de 428% em setembro, totalizando 7.855 focos ativos. No Rio de Janeiro, o aumento foi de 184%, com 1.074 focos ativos. Em São Paulo, grande parte dos focos esteve concentrada em setembro, quando o estado registrou 2.445 focos ativos, 3% das ocorrências em todo o território nacional.

Nas últimas 48 horas, o estado de São Paulo registrou 65 focos ativos, de acordo com o Inpe. A Defesa Civil estadual informou que quatro municípios registraram focos nesse domingo (29), incluindo Luiz Antônio, na região de Ribeirão Preto, onde o combate se concentra na Estação Ecológica do Jataí.

Medidas de contenção das queimadas

Diante dessa situação crítica, diversas medidas de contenção foram adotadas. Por exemplo, em São Paulo, 133 agentes, incluindo defesa civil, bombeiros, brigadistas e voluntários, estão atuando na Estação Ecológica do Jataí. Além disso, 42 veículos, incluindo caminhões pipa, tratores e camionetes 4x4, foram mobilizados. Usinas da região uniram-se à força-tarefa enviando brigadistas e veículos de apoio. Seis aeronaves, sendo quatro aviões e dois helicópteros, também foram mobilizados nessa frente de combate às queimadas.

Historicamente, o Brasil teve mais de 300 mil focos de queimadas apenas em seis anos: 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010. Este ano de 2024 caminha para a volta dessa marca. Com seus 208 mil focos registrados até agora, está atrás somente dos totais de 2020, com 222.797 focos, e de 2015, com 216.778 focos, considerando apenas os últimos dez anos.

O que podemos fazer para mitigar as queimadas?

A questão das queimadas no Brasil é complexa e requer ações coordenadas entre governo, setor privado e sociedade civil. Algumas medidas podem ser adotadas para mitigar os efeitos das queimadas, como:

  • Investir em tecnologia e monitoramento das áreas de risco.
  • Fortalecer políticas públicas de prevenção e controle de queimadas.
  • Promover campanhas de conscientização sobre os impactos das queimadas.
  • Implementar planos de manejo sustentável das florestas.

A título de exemplo, o uso de drones e satélites para monitoramento em tempo real pode ajudar a detectar focos de queimada rapidamente, permitindo uma resposta mais ágil das autoridades competentes.

Perfil Brasil
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade