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Renan Calheiros chamou Tasso para 'porrada', relata Randolfe

Senadores protagonizaram um dos momentos mais tensos na tumultuada sessão de eleição da presidência

1 fev 2019 - 22h13
(atualizado às 22h34)
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Um dos momentos mais tensos na tumultuada sessão de eleição do presidente do Senado hoje foi marcada por uma agressão verbal do senador Renan Calheiros (MDB-AL) ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), um dos que apartou o bate boca, relatou que Renan passou por Tasso no corredor do plenário e disparou: "O responsável por isso é você, coronel, cangaceiro". Em seguida, segundo Randolfe, o diálogo ficou ainda mais agressivo. Tasso, que estava sentado, rebateu: "Você vai para a cadeia". Ao que Renan emendou: "Seu merda, venha para a porrada".

 O senador Renan Calheiros (MDB-AL) discute com os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), enquanto os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Cid Gomes (PDT-CE) apartam a confusão, na sessão para eleição do próximo presidente do Senado Federal, em Brasília, nesta sexta- feira, 01,
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) discute com os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), enquanto os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Cid Gomes (PDT-CE) apartam a confusão, na sessão para eleição do próximo presidente do Senado Federal, em Brasília, nesta sexta- feira, 01,
Foto: Dida Sampaio / Estadão

Em discurso ao plenário, Davi Alcolumbre (DEM-AP), aliado de Randolfe, disse que Tasso lhe deus muitos conselhos e agradeceu ao senador tucano. Mais cedo, o tucano abriu mão de ser candidato para fortalecer a articulação em torno de Alcolumbre.

Randolfe disse, porém, que o pior momento da sessão de hoje foi quando a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), partidária de Renan, tomou para si o controle sobre a pasta com documentos que ditariam as regras da eleição e não devolveu. "Triste, um feito deprimento para o Senado da República ter um documento da Mesa furtado. É o fundo do poço", afirmou Randolfe. "Renan perdeu a maioria na Casa. Uma minoria resistente não aceitou que o Brasil mudou e que tem uma nova maioria nesse Senado, e continua querendo impor sua vontade."

Segundo o senador, que participa da tratativa para um acordo, os aliados de Alcolumbre ofereceram aceitar que o voto fosse secreto, depositado numa urna, mas que em seguida os parlamentares declarassem ou não o voto, voluntariamente. Renan afirmou há pouco que não faz acordo contra o que está previsto na Constituição e no Regimento Interno do Senado - a regra diz que a votação é secreta.

Estadão
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