Renault terá SUV nacional baseado na plataforma CMF-B e novo 1.0 turbo
Marca francesa, porém, não fala em datas para os novos produtos; plataforma CMF-B será usada pelo SUV Renault Bigster, que estreia em 2024
Depois de renovar Captur e Duster com o motor TCe 1.3 turbo, e de reestilizar o Kwid, a Renault anuncia a produção no Brasil do nova plataforma CMF-B, da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. A arquitetura dará origem ao Bigster, novo SUV da marca previsto para estrear em 2024. A francesa também vai lançar um novo motor 1.0 turbo. Ambos serão feitos na fábrica em São José dos Pinhais (PR).
Segundo a Renault, a plataforma CMF-B servirá a novos produtos no futuro. No entanto, a montadora não deu prazos. Para dar sequência ao plano "Renaulution", a marca também confirma a chegada de carros elétricos, como o novo Mégane E-Tech. "A decisão de localizar a moderna plataforma CMF-B no Brasil visa oferecer na América Latina o mesmo nível de conteúdo e qualidade que oferecemos mundialmente", afirma José Vicente De Los Mozos, EVP Industrial Renault Group.
Dacia/Divulgação
Já na visão de Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, a chegada da plataforma CMF-B, juntamente com o novo motor 1.0 turbo, intensifica "a estratégia de reforçar presença em segmentos mais altos do mercado." Na Europa, o motor gera 100 cv e 16,3 mkgf de torque. Entretanto, no Brasil, a tecnologia flex deverá elevar a potência para cerca de 115 cv a 120 cv com o uso de etanol, ficando próximo dos demais 1.0 turbo do mercado.
Carro elétrico e nova estratégia
Com foco cada vez maior na eletrificação, a Renault já confirmou que vai lançar no Brasil o Kwid E-Tech Electric ainda em 2022. O comunicado, contudo, diz que o ciclo de investimentos de R$ 1,1 bilhão, que foi anunciado no início de 2021, será concluído "no 1º semestre deste ano com mais um lançamento". Ou seja, o novo anúncio trata dos modelos inéditos que a marca francesa ainda vai lançar por aqui.
Dacia/Divulgação
Cabe recordar que o plano Renaulution é mundial e prevê uma mudança de posicionamento do Renault Group no mercado. Nessa toada, a marca francesa vai apostar em produtos mais rentáveis e de alto conteúdo tecnológico - em outras palavras, produtos mais lucrativos. Dessa forma, não serão feitos mais investimentos em modelos básicos.
De acordo com Luca de Meo, CEO da marca, SUVs serão o foco do portfólio nacional. Por causa disso, a Renault vai tirar de linha a dupla Logan e Sandero até o fim de 2023. Palpites apontam para um novo mini SUV que ocupará o lugar do atual Stepway. Neste caso, o mais cotado é o Kiger, SUV compacto feito na Índia sobre a base CMF-A, a mesma do Kwid brasileiro.