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EUA anuncia sanções a bancos que apoiam Maduro

Os EUA e dezenas de países reconheceram o líder opositor venezuelano Juan Guaidó como presidente interno do país

7 mar 2019 - 15h57
(atualizado às 16h23)
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O representante especial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Venezuela afirmou nesta quinta-feira que Washington "ampliará a rede" de sanções contra o país sul-americano, incluindo mais medidas contra bancos que apoiam o governo do presidente Nicolás Maduro.

"Haverá mais sanções a instituições financeiras que estão obedecendo às ordens do regime Maduro", disse Elliott Abrams em uma audiência de um subcomitê do Senado norte-americano.

Representante especial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Venezuela, Elliott Abrams
28/02/2019
REUTERS/Lucas Jackson
Representante especial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Venezuela, Elliott Abrams 28/02/2019 REUTERS/Lucas Jackson
Foto: Reuters

Os EUA e dezenas de países reconheceram o líder opositor venezuelano Juan Guaidó como presidente interno do país rico em petróleo e aumentaram a pressão para que o socialista Maduro renuncie.

Nesta semana, Washington revogou os vistos de entrada de autoridades de alto escalão da Venezuela nos EUA, e na quarta-feira disse ter identificado esforços de Maduro para trabalhar com bancos estrangeiros para movimentar e ocultar dinheiro.

Abrams, um neoconservador que defende há tempos um ativismo maior dos EUA no mundo, disse que tem pedido a bancos europeus que adotem medidas para blindar ativos de indivíduos venezuelanos do governo Maduro, mas não identificou os bancos.

Alguns parlamentares pressionaram Abrams, que foi indicado à sua posição atual em janeiro, para que conceda um status temporário de proteção (TPS) a venezuelanos nos EUA.

Acredita-se que mais de três milhões de pessoas fugiram da Venezuela nos últimos anos devido a uma crise econômica profunda, marcada pela escassez generalizada de alimentos e remédios e uma hiperinflação.        

Maduro, que tomou posse como presidente em 2013 e foi reeleito no ano passado em uma votação vista amplamente como fraudulenta, atribui a crise a uma campanha de sabotagem apoiada por Washington. Seus oponentes dizem que as políticas socialistas causaram o colapso.

O senador norte-americano Bob Menendez, democrata de Nova Jersey que redigiu a legislação que pediu o TPS, disse: "A diáspora venezuelana é fantástica, eles são incríveis. Uma razão a mais para lhes dar o TPS".

Abrams disse que o TPS está sendo estudado e que o debaterá com o secretário de Estado, Mike Pompeo. Há 74 mil venezuelanos que pediram asilo aos EUA, acrescentou Abrams.

Ele acusou a Rússia e Cuba de blindarem Maduro, que afirmou ser protegido por "milhares e milhares" de militares e agentes de inteligência cubanos, enquanto Moscou forneceu dezenas de milhões de dólares ao governo.

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