| ACM: violação do painel é admitida pelo baiano
(Foto: AJB) | No dia 27 de fevereiro, a revista IstoÉ publicou degravações de fitas gravadas pelo procurador da República no Distrito Federal, Luiz Francisco de Souza, onde o então senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), em encontro com procuradores, diz saber como votaram os senadores na cassação de Luiz Estevão. A violação do painel foi confirmada pelo Senado no dia 17 de abril. Dois dias depois, em 19 de abril, a ex-diretora do Prodasem, órgão de controle do oainel, Regina Célia, admite a violação, após pedido de ACM e do ex-líder do governo na Casa José Roberto Arruda. Arruda nega afirmações da Regina, mas renuncia ao posto de líder do governo no Senado e em 23 de abril, o senador confirma as informações do depoimento de Regina Célia, com exceção de que o pedido para fraudar o painel tivesse partido dele.
No dia 24 de abril, Antonio Carlos Magalhães admite que recebeu do senador José Roberto Arruda a lista com a votação secreta da cassação do ex-senador Luiz Estevão e diz ainda que rasgou a lista após tê-la lido. A estratégia seria manter sigilo sobre a lista para evitar a anulação da cassação de Estevão. No dia 16 de maio é entregue o relatório sobre o caso, pedindo a abertura de processo de cassação contra ACM e Arruda. O texto é aprovado em 23 de maio, por 13 votos a dois.
O ex-senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) foi, no dia 27 de maio, para a tribuna do Senado anunciar sua renúncia. A manobra foi uma jogada para evitar a cassação e, assim, manter os direitos políticos. O ex-senador Antonio Carlos Magalhães foi o segundo a renunciar após as investigações sobre a violação do painel do senado. No dia 30 de maio, ACM limitou-se a fazer críticas ao governo e a opositores, apesar de ter prometido um discurso recheado de denúncias bombásticas.
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