A precariedade do sistema penitenciário do estado de São Paulo foi mostrada ao mundo no dia 18 de fevereiro, quando o Primeiro Comando da Capital (PCC) desencadeou uma megarrebelião em 29 penitenciárias do estado. Foram 24 presídios e cinco carceragens de delegacias tomados pelos presos, que fizeram 8 mortos e 22 feridos.
Os motins aconteceram em um domingo, dia de visitas, e tiveram como reféns os familiares dos próprios presos. A ação dos presos foi um protesto contra a retirada de cinco líderes do PCC do Carandiru. Só nesta penitenciária, mais de oito mil detentos se rebelaram, fazendo cerca de sete mil pessoas reféns, sendo que 1,7 mil eram crianças.
Na dia 16 de fevereiro, os cinco líderes do PCC - entre eles José Márcio Felício, o Geléião, principal líder, transferido para Curitiba - foram removidos do Carandiru. A organização criminosa prometeu represálias, que vieram dois dias depois na forma da megarrebelião. Durante a operação "pente-fino" que aconteceu durante a transferência dos líderes, foram encontrados 650 facas, 41 telefones celulares, 10 cartuchos de calibre 38, 1 quilo de maconha, 551 pedras de crack e R$ 2.010,00 em dinheiro.
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