Em março de 2001 teve início um dos casos que mais comoveu o Rio Grande do Sul e todo o país neste ano. O menino Iruan Ergui Wu, que morava com familiares por parte de mãe em Canoas, no Rio Grande do Sul, foi levado pelo pai, o chinês Teng-Shu Wu, a Taiwan. A princípio, a viagem era uma visita a parentes e deveria durar 15 dias, mas acabou se prolongando, e tornando-se um martírio interminável para a família gaúcha, que até hoje tenta trazer o garoto de volta.
Durante o passeio, o pai de Iruan morreu de causa desconhecida, e ao menino passou a morar com um tio, que se recusa a devolvê-la aos familiares gaúchos. Para reaver a guarda da criança, os tutores brasileiros recorreram com uma ação na Justiça taiwanesa, mas o pedido foi rejeitado. Com um recurso de U$$ 12 mil doado pelo Governo Federal, a família de Canoas contratou o advogado Hsu Wu-Pen, taiwanês, para interceder no caso, auxiliado por Márcio Tavares Moreira, de Porto Alegre. Paralelamente ao pedido negado de guarda temporária, Wu-Pen entrou com um processo pela tutela definitiva do garoto.
A avó brasileira, Rosa Leocádia Ergui, conseguiu a permissão da Justiça de Canoas para ter a guarda permanente do neto. Cabe agora aos tribunais taiwanêses acatar ou não a decisão do juizado brasileiro. O processo de avaliação deve se estender para 2002, já que irá passar por três fases: a apresentação do pedido de guarda, o recurso cedido à família oriental - período em que Iruan será ouvido - e o recurso dos parentes gaúchos. Se o pedido de guarda for aprovado em todas as instâncias, o menino volta a morar em Canoas, e o direito de tutela ficará restrito à avó Rosa e ao tio Adir Ferreira.
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