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A Internet e o terror americano
CNNOs atentados terroristas aos Estados Unidos, ocorridos no dia 11 de setembro, afetaram - e muito - o mercado de Informática e a Internet, a começar pela audiência. A tragédia resultou em uma prova de fogo para os sites de conteúdo jornalístico. A maioria, inclusive, teve que reduzir o peso de suas páginas para suportar tamanho volume de usuários ávidos de informações sobre os acontecimentos. Foi o caso da CNN americana (foto). A Internet passou no seu primeiro grande teste. Por outro lado, um especialista do International Data Corporation (IDC) previu perdas de US$ 100 a US$ 250 no faturamente das empresas de tecnologia americanas.

A Microsoft, apesar de manter o lançamento do Windows XP para Nova York, se viu obrigada a mudar o slogan do novo sistema operacional: "Prepare-se para voar" virou "sim, você pode". Mas seu produto mais visado acabou sendo o simulador de vôo Flight Simulator. Poucos dias depois dos atentados, começou a se espalhar pela Internet uma tela do Windows Update, na qual mostrava a possibilidade de remover do jogo as torres gêmeas do World Trade Center. O aparente oportunismo da empresa enganou muita gente. Mais tarde, o mesmo game foi acusado de servir como meio para os terroristas aprenderem a pilotar.

Tourist GuyMas a suposta caixa do Flight Simulator não foi o único material relacionado aos atentados que invadiu a Internet. Fotos até então desconhecidas pela imprensa, imagens modificadas, piadas e lendas urbanas tomaram conta das caixas de entrada. Uma foto ficou famosa: um turista em uma das torres do World Trade Center e, atrás dele, um avião prestes a se chocar. Depois, ele começou a aparecer em imagens de outros acontecimentos importantes, como no naufrágio do Titanic e até mesmo na Santa Ceia. Um executivo de Campinas declarou que era o homem da foto, já batizado de "Tourist Guy". Mas a verdade veio em seguida: o turista era húngaro.

Simultaneamente à guerra contra o terrorismo, foi anunciada outra no mundo virtual, entre hackers. Vários endereços foram invadidos com mensagens de apoio ou contra os Estados Unidos e o Talibã - sobrou até para o site oficial do Exército Brasileiro. Mas a tal guerra cibernética não foi muito além disso.

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