É impressionante o número de gente que acredita - ou não duvida o suficiente - de certos conteúdos que recebe em seu email e, na maior boa vontade, repassa-os "para todos os amigos". Se você pensou em correntes, acertou. Mas não é só isso. E é de embasbacar a quantidade de boatos, novos vírus e quetais que foram criados ou que retornaram à vida neste 2001. Sim, são as lendas imorredouras desta nossa querida - e entulhada de bobagens - rede mundial. Às vezes, a própria imprensa cai nestes boatos.
Em agosto, uma notícia mostrou que circulava pela rede (novamente) a história dos orientais que comem fetos humanos! O boato do livro que os americanos estariam utilizando nas escolas daquele país, mostrando um mapa no qual a Amazônia aparece como "região internacional", ressuscitou com requinte. Desta vez, o email trazia uma reprodução da página do livro com o tal mapa. Tudo forjado, claro. E aquela corrente sobre a criança que está morrendo de câncer e receberá um donativo em dinheiro para cada repasse da mensagem? Veio de novo parar nas caixas postais, com uma novidade: um slideshow do PowerPoint.
Outro caso que ficou bastante conhecido neste ano foi o do Sulfnbk.exe, um utilitário do Windows relatado como sendo um vírus. O boato aparentemente surgiu no Brasil e se espalhou por todo o mundo, beirando a histeria. Até hoje chegam e-mails alertando para a existência desse perigosíssimo vírus nos PCs. Entre outras brincadeiras e trotes deste ano, merecem ser citados o acesso à Internet através da água com o WaterNet e o "celular-revólver".
Eventualmente, estas "brincadeiras" podem causar prejuízos a pessoas ou empresas, como no caso do email que divulgava a implosão de televisões fabricadas pela Semp Toshiba ou o que pedia ajuda para localizar uma garotinha perdida. E, para completar, a guerra no Afeganistão. Correu pela Internet um email acusando a CNN de ter forjado imagens de palestinos festejando os ataques do dia 11 de setembro, afirmando ainda que um professor brasileiro da Unicamp tinha um vídeo que comprovava a fraude. A gritaria foi tamanha que a Unicamp emitiu uma nota desmentindo a existência da suposta "prova".
Que em 2002, alguns internautas dêem uma pesquisada antes de dar "forward" nas mensagens que receberem.
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