| Avião explode na segunda torre (Foto: AP) |
Quando no futuro os estudantes abrirem os livros de história, os capítulos do século 21 começarão todos pela mesma data: 11 de setembro de 2001, o dia em que o Ocidente se sentiu inseguro. Pouco antes das 9h, horário da Costa Leste dos Estados Unidos, quatro aviões foram seqüestrados e três deles se transformaram em mísseis sob o comando de terroristas suicidas que lançaram um contra o alto comando militar norte-americano, o Pentágono, e outros dois contra um dos principais centros financeiros do país, as torres gêmeas do World Trade Center. O quarto aparelho não chegou ao objetivo dos terroristas, talvez a Casa Branca ou o Capitólio, centros políticos dos Estados Unidos, e explodiu em uma zona rural da Pensilvânia.
O custo em vidas humanas, que no começo foi estimado em mais de 6 mil, mas que logo se situou em pouco mais de 3 mil, golpeou o Ocidente como também o fizeram as imagens das Torres Gêmeas se desmoronando como um castelo de cartas. "Entramos no terceiro milênio através de uma porta de fogo", afirmou o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, quando pronunciava em Oslo o discurso de aceitação do Prêmio Nobel da Paz. No mesmo dia dos atentados, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, qualificou a ação como "um ato de guerra", o que originou o primeiro conflito bélico do século 21: a guerra contra o terrorismo.
A insegurança do Ocidente levou o país mais poderoso da Terra, os Estados Unidos, e seus aliados, a emprender uma guerra contra um dos mais pobres, o Afeganistão, onde supostamente operava a rede de terroristas que planejou os ataques. Essa rede, a Al-Qaeda (A Base), é dirigida pelo saudita Osama Bin Laden, que passou de aliado dos Estados Unidos e guerrilheiro pela paz nos anos 80, depois da invasão da União Soviética no Afeganistão, a terrorista nos 90, quando declarou "guerra santa" contra o Ocidente.
O medo também provocou uma reação de proteção no interior dos Estados. Os Estados Unidos e seu mais firme aliado, a Grã-Bretanha, aprovaram uma série de medidas antiterroristas que muitos ativistas defensores dos direitos humanos temem que possam mudar a forma de vida dos países. Entre elas, estão a criação de tribunais militares para julgar estrangeiros e as detenções indefinidas, também para estrangeiros.
Quase um mês depois dos ataques de 11 de setembro, a aparição de bactérias do antraz em correspondências provocou nos Estados Unidos uma onda de medo que sacudiu a todos. Se pensou que os terroristas, depois de utilizar os aviões como bombas voadoras, haviam espalhado no vento as sementes da morte e que as vítimas iriam aparecer em massa. Por sorte, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) registrou seis vítimas e cerca de 20 afetados diretos.
EFE
Leia mais:
» Especial: tudo sobre a crise dos atentados
» Imagens: animações e mais de 40 galerias
» Dicionário: o vocabulário da guerra no Afeganistão Volta
|