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Blair assume papel de "embaixador" da luta antiterror
Tony Blair: aliado fiel dos Estados Unidos
(Foto: Reuters)
Desde os atentados de 11 de setembro, Londres foi o aliado mais leal dos Estados Unidos: seu primeiro-ministro, Tony Blair, se transformou em "embaixador" da coalizão e suas tropas liderarão a força de paz para o Afeganistão. Algumas horas após os atentados em Nova York e Washington, Blair - que obteve em 20001 um enorme respaldo nas urnas - prometeu que o Reino Unido lutaria "ombro a ombro" com os Estados Unidos para pegar os culpados. Em 7 de outubro, no começo da ofensiva militar contra o Afeganistão, os efetivos britânicos estavam junto aos norte-americanos nos primeiros bombardeios.

O primeiro-ministro britânico empenhou boa parte de seu prestígio político internacional na ofensiva contra o terrorismo no Afeganistão, não somente en su aspecto diplomático mas também no político. Depois de sua promessa de atuar junto de Washington, começou em meados de setembro a primeira de suas nada menos que cinco viagens em dois meses por nove países relacionados com a crise, desta vez para assegurar o apoio dos aliados europeus. Os giros seguintes o levaram à Rússia, à Ásia e, em duas ocasiões, a Washington.

Mas o protagonista de suas viagens foi o Oriente Médio, onde Londres - antiga metrópole de vários dos países da zona - goza ainda de um prestígio do qual Washington não pode abrir mão. Em menos de um mês, Blair foi a Omã, Síria, Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Israel e os territórios palestinos. Mas em seu papel de "embaixador" oficioso da coalizão antiterrorista, o primeiro-ministro obteve resultados mistos. O papel público de Blair também foi visto com ceticismo na Europa, ansiosa por encontrar uma voz comum para esta crise e, em geral, em matéria de segurança e política externa.

Mas, apeser das críticas, Blair seguiu atuando como articulador e desempenhando um papel fundamental dentro da coalizão: após um descanso no último mes, o primeiro-ministro pretende retomar seus giros internacionais depois do ano-novo. Sua missão, política e diplomática, não será fácil: dependerá das conquistas da força multinacional no Afeganistão, mas também da decisão que os Estados Unidos tomarem sobre uma eventual ampliação da guerra.

EFE

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