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Papa pediu perdão a ortodoxos e pisou em uma mesquita
O Papa que colocou a Igreja católica no terceiro milênio realizou três desejos este ano: pisou na ortodoxa Atenas, rezou em uma mesquita e visitou Kiev, o berço do cristianismo oriental. Desafiando sua delicada saúde João Paulo II abriu o ano de 2001 dedicando-o a união dos cristãos, rompida em 1054 com a discórdia que separou Roma e Constantinopla.

Querendo ser o primeiro a dar exemplo, João Paulo II, aos 81 anos, não hesitou em realizar duas históricas viagens: em maio foi a Atenas, centro da Igreja ortodoxa mais conservadora, e em junho à ex-comunista Ucrânia, também de maioria ortodoxa. Nos dois países sua presença foi motivo de desconfiança, quando não de protesto - ele é considerado um "anti-cristo" por alguns gregos. Mesmo assim ele pediu perdão pelos danos "passados e presentes" cometidos pelos católicos contra os ortodoxos.

João Paulo II também realizou outro gesto histórico ao ser o primeiro Papa a entrar em uma mesquita. Em Damasco, ele visitou o templo de Omeyas, onde é mantida a cabeça de São João Batista, segundo a tradição. Descalço o Pontífice rezou em silêncio e depois, diante dos líderes religiosos do Islã, disse que as duas maiores religiões monoteístas "jamais" devem ser apresentadas "como duas comunidades em conflito" e que a religião não pode ser usada para justificar ou promover ódios e violências. Em setembro, no meio da tensão internacional depois dos atentados contra os EUA, o Papa viajou para o Cazaquistão, outro país de maioria muçulmana que foi membro da antiga URSS.

As viagens, mais as visitas para Malta e Armênia, estão sendo difundidas pela Igreja como uma tentativa de reunião, mas os ortodoxos não pensam da mesma forma. O "cerco" a Moscou está sendo considerado pelos patriarcas ortodoxos como "expansionismo da Igreja Católica". Mais esta rusga pode por fim as tentativas de união dos católicos. Segundo o poderoso patriarca de Moscou, Alejo II, o Papa não será bem recebido em seu país até que pare de tentar "dominá-lo".

Redação Terra/EFE

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