Review: Adidas Switch FWD traz um impulso diferente para vários tipos de corredores
Adidas Switch FWD tem entressola em EVA projetada com espaços vazios estudados para gerar amortecimento e impulso durante a corrida
A Adidas parece obcecada em impulsionar as pessoas para a corrida de formas diferentes. Após um sucesso estrondoso com a linha profissional Adizero, com seus derivados mais amadores Adistar, Solarglide e Supernova, e com a bem sucedida nova geração do 4DFWD, a marca aponta seu canhão de inovação para o novo Switch FWD. O modelo usa um material comum e até de certa forma batido, como a EVA, para criar algo complemente novo e eficiente. É justamente nesta forma disruptiva de olhar algo que já estava aí que reside toda a graça do Switch FWD.
A entressola em EVA do tênis tem espaços vazios projetados meticulosamente para gerar impulso durante a corrida. A ideia desde o início foi transformar peso e gravidade em movimento, melhorando o potencial de performance de corredores em busca de bater ou apenas matar o tempo. E este objetivo é plenamente atingido.
Durante o uso do tênis, logo de cara, foi fácil perceber como esses encaixes estratégicos da entressola se alinham e desalinham em impulso quando se coloca e retira o peso da pisada. Para corredores mais pesados, como eu, de mais de 100 kg, o efeito ainda parece ser potencializado pela gravidade e o uso sugere que a tecnologia seja ainda mais perceptível. Assim como na nova geração do 4DFWD, que beneficia a pressão e encaixa melhor a trama em 3D com mais peso em cima.
Uma placa de TPU ainda trabalha em conjunto com a entressola de EVA para garantir uma transição mais suave e acolchoada em cada pisada. Ela também parece ajudar na estabilidade, para que o pé não vire ou esparrame demais para os lados já que, na prática, o Switch FWD é quase um tênis plataforma, com 45 mm de altura no calcanhar e 35 mm no resto da entressola e sola.
Fora a inovação da entressola, o Switch FWD possui ainda dois aspectos de gabarito que fazem dele um tênis bem interessante. A sola é feita pela empresa de pneus Continental que, segundo a Adidas, garante um patamar elevado de aderência em todas as condições climáticas e também um conjunto leve, de 335 gramas no total do tênis. Não cheguei a usar o modelo em pisos molhados, mas em asfalto empoeirado e em terra batida firme ele foi muito bem. Não chega a ser uma opção de trekking, mas se mostrou um bom coringa para ocasiões variadas.
Cabedal moderno também é destaque
O outro item que chama a atenção é o Engineered Mesh do cabedal, que ao mesmo em que aparenta ser bastante resistente, tem muita maleabilidade, deixando o tênis estruturado e confortável. Ele também tem aberturas estrategicamente posicionadas para aumentar a respirabilidade na frente e perto da gola, mantendo os pés arejados durante a corrida. Completam o pacote a boa estrutura do calcanhar e a língua pouco acolchoada, mas razoavelmente estruturada, que encaixa adequadamente no pé.
Segundo Mili Seiffert, Product Manager global dos tênis de corrida da Adidas, os anos de estudos para criar o Switch FWD tiveram como foco a tecnologia e a performance primeiro, e depois esses parâmetros foram embalados em um conceito de design. Que aqui, em avaliação minha, tem total foco no crescimento da On entre os consumidores de renda elevada.
Sobre as cores mais sóbrias do tênis, Mili afirmou que a intenção é que as pessoas olhem primeiro para a entressola e para a tecnologia e depois para o cabedal, e por isso eles buscaram usar uma paleta de cores mais neutra e elegante, embora haja versões rosa e verde limão disponíveis. No Brasil, o modelo chega dia 10 de agosto por R$ 999,99 nesta cw branca e verde com as três listras violeta-prateadas, e em azul e branca com detalhes verde-limão.