Reviravolta! Mulher é presa por suspeita de envenenar bolo que matou três familiares
Caso do bolo envenenado que matou três familiares no RS tem reviravolta; mulher é presa e suposta motivação do crime vem à tona
A tragédia que abalou a cidade de Torres, no Rio Grande do Sul, segue apresentando reviravoltas. Na semana do Natal, três pessoas da mesma família morreram após ingerirem um bolo durante confraternização. No último domingo (05), uma mulher teve a prisão decretada pela Justiça, após suspeita de ter envenenado a sobremesa.
Descoberta de envenenamento
Em entrevista ao G1, Marguet Mittman, diretora do Instituto-Geral de Perícias (IPG), disse que, após análises laboratoriais, foi possível concluir que a farinha utilizada no preparo do bolo estava envenenada. "Foram identificadas concentrações altíssimas de arsênio nas três vítimas, tão elevadas que são tóxicas e letais", explicou.
Quem é a suspeita?
A principal suspeita do crime é Deise Moura dos Anjos. A mulher é nora de Zeli dos Anjos, de 61 anos, responsável por preparar o bolo na ocasião. No dia 23 de dezembro, a família se reuniu para um café da tarde. Por volta das 18h, diversos familiares começaram a apresentar sintomas de mal-estar e foram encaminhados para atendimento médico.
Duas das vítimas, Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, e Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, eram irmãs de Zeli. Já a terceira, Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47 anos, era sua sobrinha. Segundo o último boletim médico divulgado na imprensa, Zeli permanece na UTI.
Relação conflituosa
De acordo com o Jornal Zero Hora, em depoimento prestado à polícia, Deise admitiu ter um relacionamento conflituoso com a sogra, Zeli dos Anjos, mas ressaltou que nunca desejou seu mal. Segundo o TJRS, um relatório preliminar extraído do celular de Deise indica que ela realizou buscas na internet relacionadas ao termo "arsênio" - mesma substância encontrada nos corpos das vítimas fatais.
Não foi a primeira morte
Durante a investigação, outro caso suspeito veio à tona. Paulo, o marido de Zeli, faleceu em setembro, e as circunstâncias causaram estranhamento. Após consumirem bananas atingidas pelas enchentes em Canoas, Paulo e Zeli apresentaram sintomas similares aos das vítimas de envenenamento pelo bolo. Na ocasião, Zeli se recuperou, enquanto Paulo não resistiu. Segundo apuração da polícia, após a morte do sogro, Deise também realizou pesquisas sobre venenos fatais para seres humanos na internet.
"As coincidências nos levam a crer que, provavelmente, tenha ocorrido também um envenenamento, e isso vai se apurar", disse Sabrina Deffente, delegada da 23ª Delegacia de Polícia Regional.