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Rio Negro atinge nível recorde e seca histórica preocupa AM

Com a pior seca já registrada em 122 anos, Rio Negro segue baixando, agravando impactos sociais, ambientais e econômicos no Amazonas.

4 out 2024 - 10h52
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O Rio Negro, um dos mais importantes afluentes do Amazonas, enfrenta sua pior seca em 122 anos de monitoramento. Nesta quinta-feira (3), às 18h, o rio atingiu 12,68 metros, batendo um recorde negativo. Na manhã desta sexta-feira (4), a cota ficou em 12,62 metros, marcando o segundo dia consecutivo de nível crítico das águas. O recorde deste ano foi alcançado 23 dias antes do que em 2023, o que evidencia a rapidez com que o rio está secando.

Para se ter uma ideia do impacto, no dia 3 de outubro do ano passado, o Rio Negro estava com 15,14 metros, ou seja, 2,46 metros acima do nível atual. Segundo previsões do Serviço Geológico do Brasil (SGB), a seca deve se agravar nos próximos dias e há chance de que o nível do rio fique abaixo de 12 metros. O motivo é o tempo seco e a ausência de chuvas regulares, que fazem com que as águas baixem rapidamente.

Foto: Climatempo

Rio Negro sem água: seca extrema nos rios amazônicos afeta comunidades que dependem deles para seu sustento (Foto: Bruno Kelly/Reuters)

O pior ranking da história

Desde o início das medições no Porto de Manaus, em 1902, nunca o Rio Negro esteve tão baixo. A seca atual superou o recorde negativo do ano passado e segue se aprofundando:

12,62 m - 04/10/2024

12,70 m - 2023

13,63 m - 2010

13,64 m - 1963

Além do impacto natural, a vazante recorde também gera problemas sociais e econômicos.

Emergência em todo o Amazonas

O cenário não é preocupante apenas na capital. Os 61 municípios do Amazonas estão em situação de emergência devido à seca. A falta de água afeta mais de 750 mil pessoas, incluindo cerca de 186 mil famílias que dependem diretamente dos rios. A navegação está comprometida, comunidades estão isoladas e produtos essenciais, como alimentos e água potável, são cada vez mais escassos.

Climatempo
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