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RJ vai adotar ferramenta para controle de enchentes; saiba mais

O prefeito Eduardo Paes adotou o modelo 'cidade esponja', absorvendo águas da chuva e transformando-as em benefícios ambientais e sociais, já usado em outras cidades do mundo

4 jul 2024 - 14h15
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A cidade do Rio de Janeiro iniciou um projeto pioneiro para enfrentar seus desafios com enchentes e alagamentos ao adotar o conceito de "cidade esponja". Este modelo inovador já é utilizado em várias cidades ao redor do mundo e tem se mostrado eficaz na prevenção de desastres ambientais relacionados às chuvas intensas.

Rio vai adotar mecanismo para controle de enchentes e alagamentos
Rio vai adotar mecanismo para controle de enchentes e alagamentos
Foto: arquivo EBC / Perfil Brasil

Segundo reportagem de Agência Brasil, o prefeito Eduardo Paes sancionou parcialmente uma lei que incorpora essas novas práticas de gestão das águas pluviais. O objetivo é diminuir a sobrecarga nos sistemas tradicionais de drenagem, promovendo maior resiliência urbana e contribuindo para a autossuficiência hídrica do município por meio do reabastecimento das águas subterrâneas.

Como funciona o modelo de cidade esponja?

Essencialmente, o modelo de "cidade esponja" procura absorver e reter as águas das chuvas, liberando-as lentamente de volta ao meio ambiente ou direcionando-as para uso. Isso é conseguido por meio de diversas estratégias ecológicas, entre elas os "jardins de chuva". Estas áreas verdes não apenas retêm água, mas também contribuem para filtrar impurezas antes de serem absorvidas pelo solo, melhorando a qualidade hídrica e reduzindo riscos de inundação.

Benefícios na prevenção contra enchentes e alagamentos

De acordo com o vereador William Siri, autor do projeto, a adoção deste modelo é superior ao convencional. Além de prevenir inundações, melhora a qualidade da água, amplia sua disponibilidade, e mitiga os efeitos das ilhas de calor. Essa transformação de gestão das águas urbanas é uma estratégia que contribui significativamente para a regulação da temperatura ambiental, expandindo os espaços verdes e melhorando a qualidade de vida da população.

Pontos de controvérsia e próximos passos

A sanção do modelo de "cidade esponja" não ocorreu sem debates. O Prefeito Eduardo Paes vetou a proposta de implementação de bueiros ecológicos, que impediriam resíduos de entrarem nas galerias subterrâneas. Este ponto do projeto voltará para a Câmara dos Vereadores do Rio para nova análise. Essa questão destaca um aspecto crítico do projeto, que busca não apenas gerenciar melhor as águas pluviais, mas também garantir que os sistemas de drenagem não sejam comprometidos por detritos urbanos.

O desenvolvimento sustentável da cidade, portanto, segue sendo um tema de discussão contínua. Com a medida, o Rio de Janeiro se posiciona na vanguarda brasileira de cidades que adotam soluções baseadas na natureza para lidar com questões contemporâneas de urbanização e mudanças climáticas.

Perfil Brasil
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