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Rudolf Hess: exame de DNA põe fim a teoria da conspiração sobre braço direito de Hitler

Tese, alimentada por médico de prisão em que criminoso nazista passou 40 anos até sua morte, dizia que preso tinha características físicas diferentes e que Hess havia sido substituído por sósia.

23 jan 2019 - 09h59
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Rudolf Hess era um dos aliados mais próximos de Hitler, sendo chamado de 'vice-führer'
Rudolf Hess era um dos aliados mais próximos de Hitler, sendo chamado de 'vice-führer'
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Uma famosa teoria da conspiração - de que Rudolf Hess, criminoso de guerra nazista, havia sido substituído por um sósia na cadeia - foi finalmente descartada.

Um exame de DNA realizado por cientistas austríacos mostrou que o homem detido na prisão de Spandau, em Berlim, era de fato o braço direito de Hitler.

Hess foi capturado na Escócia em 1941 e condenado à prisão perpétua nos julgamentos de Nuremberg.

Em 1987, aos 93 anos de idade, foi encontrado enforcado na cadeia.

Segundo a revista científica FSI Genetics, pesquisadores da Universidade de Salzburgo, na Áustria, rastrearam um parente distante de Hess e conseguiram uma amostra de DNA.

O material foi comparado com testes de uma amostra de sangue de Hess coletada em 1982.

Os resultados mostraram compatibilidade de quase 100%.

Teoria do impostor

Um dos principais defensores da teoria do impostor era o médico que cuidava de Hess na prisão, W. Hugh Thomas.

A tese era baseada, entre outros elementos, no fato de que o homem detido em Spandau apresentava características físicas diferentes de Hess.

Além disso, ele teria se recusado a ver a família por muitos anos - agravado pelo fato de que também parecia sofrer de aparente amnésia.

Último preso nazista

Hess foi um dos aliados mais próximos de Hitler, sendo chamado de "vice-führer" e "ministro sem pasta" nos anos 1930.

No entanto, em 1941, em meio à Segunda Guerra Mundial, ele fez um voo solo e desceu de paraquedas na Escócia, em uma tentativa de negociar um acordo de paz com a Grã-Bretanha. A missão - aparentemente não autorizada - foi condenada por Hitler.

A proposta foi recusada e ele foi preso pelos britânicos.

Nos julgamentos de Nuremberg em 1946, Hess foi inocentado de crimes de guerra e contra a humanidade, mas condenado à prisão perpétua por crimes contra a paz.

Ele passou os 40 anos seguintes na prisão de Spandau, em Berlim, se tornando o último nazista mantido atrás das grades, antes de ser encontrado enforcado em um aparente suicídio.

Missão de paz com a Grã-Bretanha, conduzida por Hess, foi condenada por Hitler
Missão de paz com a Grã-Bretanha, conduzida por Hess, foi condenada por Hitler
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A trajetória de Rudolf Hess

1894: Nasce em Alexandria, no Egito.

1914-1918: Serve o Exército durante a Primeira Guerra Mundial, terminando a guerra como tenente.

1920: Se filia ao incipiente Partido Nazista de Hitler.

1923: É preso com Hitler e vira seu secretário.

1933: Torna-se vice-líder do Partido Nazista após a ascensão de Hitler ao poder.

1941: Na Segunda Guerra Mundial, tenta negociar a paz com a Grã-Bretanha, voando sozinho para a Escócia, onde é capturado.

1946: É condenado à prisão perpétua por crimes contra a paz nos julgamentos de Nuremberg.

1947: É transferido para a prisão de Spandau, em Berlim.

1987: É encontrado enforcado na prisão.

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