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⁠Rússia afirma que ataque com míssil na Ucrânia é alerta ao Ocidente "imprudente"

22 nov 2024 - 11h50
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O Kremlin afirmou nesta sexta-feira (22) que o ataque à Ucrânia com um míssil balístico hipersônico recém-desenvolvido foi planejado como uma mensagem ao Ocidente. Moscou indicou que o lançamento foi uma resposta às decisões e ações "imprudentes" de países que apoiam a Ucrânia no conflito.

Míssil balístico nuclear testado pela Rússia
Míssil balístico nuclear testado pela Rússia
Foto: Ministério da Defesa da Rússia / Perfil Brasil

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou o assunto um dia após o presidente Vladimir Putin confirmar que o novo míssil, chamado Oreshnik (ou Hazel Tree), havia sido disparado contra uma instalação militar em território ucraniano.

"A mensagem principal é que as decisões e ações imprudentes de países ocidentais que produzem mísseis, os fornecem à Ucrânia e participam subsequentemente de ataques em território russo, não podem permanecer sem uma reação da Rússia", declarou Peskov aos jornalistas.

Contexto do ataque na Ucrânia e reações internacionais

Segundo Peskov, Moscou demonstrou claramente sua capacidade e sinalizou os contornos de possíveis ações futuras caso suas preocupações não sejam atendidas. Ele também destacou que, embora não fosse obrigatório, a Rússia avisou os Estados Unidos sobre o lançamento 30 minutos antes da operação.

Putin justificou o disparo do Oreshnik como uma reação aos ataques realizados pela Ucrânia nos últimos dias. Ele mencionou que, na terça-feira (19), o governo ucraniano, com aval de Washington, utilizou mísseis ATACMS, de fabricação americana, para atingir alvos russos. Na quinta-feira (21), mísseis Storm Shadow, fornecidos pelo Reino Unido, e sistemas HIMARS, também de origem americana, foram usados em novos ataques.

O presidente russo avaliou que os ataques recentes realizados pela Ucrânia, com o uso de armamentos avançados fornecidos por países ocidentais, levaram a guerra a adquirir "elementos de caráter global". Para ele, o envolvimento direto de nações como Estados Unidos e Reino Unido no fornecimento de mísseis e sistemas de alta precisão coloca o conflito em um patamar que ultrapassa fronteiras regionais, aumentando os riscos para a estabilidade internacional.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, por sua vez, declarou que o uso do novo míssil pela Rússia simboliza "uma escalada clara e severa" no confronto, elevando o grau de destruição e perigo para a população. Zelenskiy pediu à comunidade internacional uma resposta imediata e enérgica, enfatizando a necessidade de condenações unificadas, sanções adicionais contra Moscou e medidas práticas para conter o avanço das ações militares russas. Para o líder ucraniano, a falta de uma reação firme pode abrir precedentes perigosos para outros conflitos globais.

Perfil Brasil
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